O Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, deve discutir o maior aumento de taxa de juros do país desde 1994 diante da escalada da inflação. A reunião está prevista para amanhã, quarta-feira 15.
A expectativa era a de elevar as taxas em meio ponto porcentual — igual em maio. Esse mesmo ajuste poderia ocorrer em julho, mas, como a economia americana não evoluiu nas últimas semanas como esperado, o reajuste pode ser maior, informou ontem jornal The New York Times.
Um relatório apresentado ao Fed mostrou que a inflação está acelerada, preocupando o mercado financeiro. A vez mais recente em que a autoridade monetária identificou esse cenário foi em 1981.
Em Wall Street, coração do mundo financeiro americano, em Nova Iorque, há expectativa de um aumento anunciado pelo Fed acima do esperado, o que faz com que ações despenquem na Bolsa de Valores. A partir de setembro, investidores esperam que as taxas fiquem em um patamar de 2,75% a 3%. Hoje, a faixa é de 0,75% a 1%.
Na semana passada, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou a inflação de maio, com acumulado de 8,6% nos últimos 12 meses. Este é o maior patamar do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) em quatro décadas, desde dezembro 1981.