O primeiro caso de mucormicose, também conhecido como Fungo Negro, foi confirmado em Mato Grosso do Sul. A doença foi comprovada em um paciente, de 71 anos, morador de Campo Grande, que morreu de Covid-19 no dia 2 de junho.
O resultado foi repassado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta segunda-feira (2).
A investigação começou no dia 28 de maio, com a doença atingindo o olho esquerdo do idoso. Mas o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) foi notificado quanto à doença no dia 31 de maio.
O paciente tinha Diabetes, Hipertensão e histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave e foi imunizado contra a Covid no dia 23 de março e 23 de abril.
O segundo caso suspeito do Fungo ainda continua em análise, em um paciente de 50 anos, de Corumbá.
Doença
As pessoas contraem mucormicose respirando os esporos fúngicos que ficam no ar.
Essas formas de mucormicose ocorrem, geralmente, em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças.
Sintomas
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, os sintomas se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica.
Existe a possibilidade de ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.
Tratamento
Para tratar quanto a doença, é necessário remover os tecidos mortos e infectados, por meio de cirurgia.
Em alguns pacientes, a doença pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho.
A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa e requer equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas e cirurgiões.