Comércio Exterior com países da Rila cresce e Campo Grande negocia mais de US$ 48 milhões no trimestre

O comércio exterior com os países da Rota de Integração Latino-Americana (RILA) – Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai – segue em franca expansão. Em se tratando de Campo Grande, somente entre os meses de janeiro a março foram negociados US$ 48,185 milhões (cerca de 19% do movimento total da Capital), demonstrando o grande potencial comercial, bem como de serviços e turismo que a integração com estes países já está proporcionando.

Em relação ao comércio exterior com os demais países do mundo, Campo Grande iniciou o ano de 2023 com crescimento nas trocas comerciais. No mês de março as exportações somaram US$ 47,7 milhões (+11,27%), enquanto as importações atingiram US$ 34,6 milhões (-24,05%). É importante mencionar que as importações registraram movimento atípico no ano de 2022 devido ao conflito Rússia-Ucrânia, o que levou a compras maciças de fertilizantes, o que não vem ocorrendo em 2023 com a estabilização deste mercado. A corrente de comércio no mês atingiu US$ 82,323 milhões. O saldo comercial ficou positivo em US$ 13,1 milhões.

Os principais produtos exportados por Campo Grande em março foram carnes e miudezas comestíveis, sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens e resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais. Já entre os principais produtos importados estão adubos (fertilizantes), vestuário e seus acessórios, de malha, reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes.

A Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro) estima que a variação do Produto Interno Bruto (PIB) chegue 2,5% no ano de 2023. Como comparação, a média projetada no Boletim Focus do Banco Central publicada em 2 de maio é de crescimento de 1,0% em âmbito nacional.

“Estamos falando em Rota Bioceânica, em rotas de integração latino americanas, estamos falando do desenvolvimento, tudo isso chega com as novas possibilidades comerciais que essas rotas vão trazer para a nossa capital. Campo Grande está no coração do Brasil, no coração da América do Sul e nossa Capital oferta os serviços que serão necessários para o movimento das rilas e da Rota Bioceânica”, salienta a prefeita Adriane Lopes.

O titular da Sidagro, Adelaido Vila, destaca que Campo Grande será a capital brasileira mais próxima de Antofagasta (Chile) com a conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho e também a maior cidade da chamada “Rota Bioceânica”, corredor rodoviário que irá ligar o Brasil ao Pacífico. “Estamos em um novo tempo de desenvolvimento e estamos trabalhando para fortalecer nossos empresários e atrair novos investidores. Temos fomentado o comércio exterior e somente no último mês recebemos mais de 8 delegações estrangeiras”, disse.

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