Santa Casa suspende atendimentos sem urgências e cirurgias eletivas

Enquanto o hospital alega falta de pagamento por parte da prefeitura, administração municipal rebate dizendo não haver pendências

Devido ao impasse na renovação do contrato de prestação de serviços médico-hospitalares entre a Santa Casa e a Prefeitura de Campo Grande, uma crise de desabastecimento no hospital foi gerada. O hospital veio a público sobre a situação, por meio de uma nota publicada nesta terça-feira (2).

Para evitar a suspensão imediata do atendimento à população campo-grandense, preservando a assistência da Urgência e Emergência, a Santa Casa da Capital optou por suspender todos os procedimentos que não se caracterizarem como urgência e emergência, bem também como os atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas, a partir do dia 4 de agosto.

Em nota, o hospital ainda disse esperar por providências urgentes por parte da Prefeitura de Campo Grande, a quem compete a responsabilidade pela prestação de saúde à população, para evitar o agravamento da situação.

Procurada pelo JD1, a Prefeitura respondeu que “o desequilíbrio financeiro da Santa Casa é decorrente de dívidas de mais de R$ 500 milhões de reais, resultados de inadimplências recorrentes há décadas, não sendo de responsabilidade do município de Campo Grande arcar com estes valores”.

Confira a nota da Prefeitura na íntegra:

“O Município não possui nenhuma pendência financeira com o hospital. Todos os repasses estão sendo feitos em dia, inclusive com valores a maior do que está previsto em convênio através de emendas e incentivos. Todos os repasses foram feitos dentro do que estava pactuado. De janeiro a julho deste ano, o hospital já recebeu R$173,3 milhões. Desde 2017 foram mais de R $1,6 bilhão destinados à Santa Casa. Cabe ao hospital esclarecer sobre eventuais problemas gerenciais que culminaram no alegado déficit. A Prefeitura de Campo Grande, através da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), sempre se manteve aberta às tratativas visando sempre assegurar a devida assistência à população.”

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