Palanque de Riedel deve acomodar Bolsonaro e ‘mais 1’ presidenciável

Azambuja disse que a estratégia de 2018 deva se repetir, ano que o PSDB acolheu os então rivais Alckmin e o atual presidente

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do PSDB, disse na manhã desta terça-feira (12), que durante a campanha eleitoral, o pré-candidato de seu partido ao governo, Eduardo Riedel deva acomodar outro candidato à Presidência da República, além do presidente Jair Bolsonaro, do PL, que concorre à reeleição. 

Na prática, os tucanos de MS podem apoiar mais de um candidato presidenciável.

“A Teresa [Cristina, ex-ministra da Agricultura, pré-candidata ao Senado] vem pelo PP [ela promete juntar-se a chapa de Riedel, do PSDB nas eleições], um partido aliado, e tem um compromisso dela na campanha majoritária com a promessa de campanha para Bolsonaro”, disse Azambuja.

“É muito parecido com a eleição, não sei se se lembram, de 2018. Demos palanque para o Geraldo Alckmin [então candidato à Presidência pelo PSDB] e para Jair Bolsonaro [que foi eleito pelo PSL}, lembram”?, acrescentou o governador, na Assembleia Legislativa, onde participou de ato político.

Há uma combinação em curso indicando que deve se juntar numa mesma chapa na eleição de outubro, o União Brasil, o PSDB, o MDB e também o Cidadania.

Um debate acerca do assunto, tratado como terceira via, em que, ao invés de lançarem três ou quatro nomes, o grupo opte por apenas uma candidatura. 

Proposta em questão deve ser definida até o dia 18 de maio, segundo as discussões dos diretórios nacionais das legendas envolvidas no projeto.

Aqui em MS, há a possibilidade de o PSDB disputar a eleição com o apoio também do PDT.

“Se o PDT estiver conosco, pode ser que tenha o Ciro [Gomes, pré-candidato à Presidência dos pedetistas] também”. Pelo dito pelo governador, além de Bolsonaro, Ciro é outro que pode subir no palanque dos tucanos. 

“Agora, o importante é abrir os espaços para que o palanque majoritário a nível presidencial esteja preservado na aliança que nós vamos firmar com os partidos. Isso vamos saber em julho, porque – até lá – as candidaturas estarão colocadas. Isso é muito do sistema político brasileiro, que tem uma gama de partidos, então dificilmente você tem uma candidatura única, terá mais candidaturas sendo apoiada por candidatos a governadores, tanto do Mato Grosso do Sul, como dos outros estados brasileiros”, disse Reinaldo Azambuja.

Depois da fala de Azambuja, ele foi questionado se a subida de candidatos à Presidência rivais num só palanque não seria uma “salada”.

“[Em tom mais assertivo] Não, não é uma salada, é pluralidade. Um país que tem 38 partidos constituídos, é muito difícil você não conseguir ter no seu palanque regional mais de uma candidatura presidencial”, finalizou o governador, cujo segundo mandato expira no fim de dezembro.

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