O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, está desencadeando uma grande guerra na Europa, alertou o presidente da Duma de Estado (a câmara baixa do Parlamento russo), Vyacheslav Volodin.
O legislador disse que as acusações dos EUA contra a Rússia “são uma provocação inventada para desinformar a comunidade internacional”.
Em sua visão, “os norte-americanos inventaram uma ameaça que não existia, depois autorizaram o ataque contra a população civil da RPD (República Popular de Donetsk) e da RPL (República Popular de Lugansk), e agora têm um culpado”, disse.
Volodin enfatizou que os norte-americanos não se importam se os atos do governo da Ucrânia estão quebrando os Acordos de Minsk.
“Os EUA entendem perfeitamente a tragédia que tudo isso pode levar, e é por isso que eles evacuaram seus diplomatas de Kiev”, disse ele.
O legislador salientou que se a guerra começar, a Europa será precisamente o palco das batalhas. “Gostaria de me dirigir aos deputados dos países europeus: pergunte aos seus eleitores se eles querem a guerra? E a segunda pergunta: o que você faz para evitar isso?”, questionou.
Volodin enfatizou que a Rússia não quer a guerra, mas caso as vidas de seus cidadãos que residem em Donetsk e Lugansk estejam em perigo, “nosso país os defenderá”.
Os representantes de Donetsk e Lugansk denunciam que o Exército ucraniano está bombardeando Donbass com armas pesadas, violando deliberadamente os acordos de paz.
A situação é agravada pelas toneladas de armas que os Estados Unidos e outros países da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) enviaram ao governo Zelensky.
Os Acordos de Minsk, assinados em setembro de 2014 e fevereiro de 2015 com a mediação da Alemanha, França e Rússia, lançaram as bases para uma solução política para o conflito, mas ainda não resultaram na cessação das hostilidades que até agora deixaram mais de 14.000 mortos, segundo estimativas da ONU.