Um professor de doenças infecciosas da Universidade de Stanford declarou que “cada vez que uma pessoa é infectada, o vírus está em um ambiente que elege para adaptação humana e transmissibilidade”.
Um recente caso mortal do vírus Nipah na Índia custou a vida de um garoto de 12 anos de idade no estado de Kerala, e a rádio NPR alertou que este patógeno mortal continua sendo uma preocupação global.
O vírus é transportado por morcegos-da-fruta e pode ser contraído por humanos, com os humanos infectados sendo potencialmente capazes de propagar o vírus a outras pessoas.
O dr. Stephen Luby, professor de doenças infecciosas da Universidade de Stanford, explicou que, apesar de haver “supertransmissores do Nipah ocasionais infectando muitas pessoas”, a taxa média de transmissão do vírus é “menor do que uma pessoa por infecção”.
“Contudo, cada vez que uma pessoa é infectada, o vírus está em um ambiente que elege para adaptação humana e transmissibilidade. O risco é que uma nova cepa que se transmita com mais eficiência de pessoa para pessoa seja capaz de gerar um surto devastador”, afirmou.
Luby observou que, “como 70% das pessoas que são infectadas com o vírus Nipah morrem, essa cepa poderia representar a pior pandemia de sempre para a humanidade”, ressaltando a importância de continuar “investindo em estratégias para reduzir o risco de propagação e no desenvolvimento de contramedidas contra um leque de patógenos de alto risco”.
A OMS considera que a taxa de letalidade do vírus Nipah é de 40 a 75%. Essa taxa pode variar de surto para surto, dependendo das capacidades locais de vigilância epidemiológica e gestão clínica.
O período de incubação (o intervalo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas) é de 4 a 14 dias. No entanto, foram relatados casos de períodos de incubação de 45 dias. De momento, não existem nem medicamentos, nem vacinas contra o vírus Nipah.