A visita do chefe do Comando Sul dos EUA, Craig Faller, à Colômbia representa um ato de provocação contra a Venezuela, afirmou a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).
“Esta visita não se deve a razões de cooperação bilateral em matéria de segurança e defesa com o país vizinho mas constitui, sim, um ato de ingerência e provocação por parte do império americano, cujas ações sempre têm interesses obscuros como pano de fundo”, avança um comunicado divulgado pela FANB.
De acordo com o texto do comunicado, Faller se encontra na cidade de Puerto Carreño, perto do departamento de Arauca, que faz fronteira com a Venezuela.
A Força Armada condenou a presença do alto comandante dos EUA no local, assegurando que nessa zona “os grupos armados irregulares colombianos operam há décadas com a aprovação do governo colombiano e a deliberada ausência de suas forças militares, o que lhes permitiu desenvolver crimes de narcotráfico, contrabando, sequestro e extorsão”.
A FANB informou que atualmente a Colômbia sofre uma crise humanitária por causa da COVID-19 e da “brutal repressão” pelas forças de segurança, as quais pretendem “com violência do Estado e paramilitar silenciar o descontentamento generalizado”.
© AP PHOTO / RODRIGO ABDMilitares venezuelanos na fronteira com a Colômbia (foto de arquivo)
“Reiteramos nossa preocupação pelo retorno à América do Sul deste funcionário militar norte-americano, que sistematicamente se tem intrometido nos assuntos da nossa nação através de atos e opiniões que visam a sua desestabilização“, ressalta o comunicado.
A FANB assegurou que se manterá em alerta para garantir a integridade territorial, a soberania e a independência da Venezuela.
Em maio, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, qualificou a aliança estabelecida entre os governos de Washington e Bogotá de “absolutamente vital”.