O Plenário do Senado chancelou, nesta quarta-feira, 21, o nome do advogado Cristiano Zanin, que defendeu o presidente Lula na operação Lava jato, para se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram 58 votos a favor e 18 contra.
Há poucos minutos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, aprovou Zanin para a Suprema Corte por 21 votos a favor e cinco contrários.
Zanin e Lula se aproximaram ainda mais na época da prisão do petista. Os dois possuem uma relação familiar, visto que Zanin é casado com Valeska Zanin, afilhada do presidente.
O advogado é acusado de não ter títulos acadêmicos, de não ter notável saber jurídico e de nunca ter escrito livros que contribuíssem com a sociedade civil — é autor apenas de uma obra que fala sobre o caso do petista: Lawfare. Após a votação na CCJ, Zanin saiu sem falar com a imprensa.
O nome do advogado foi confirmado por Lula em 1° de junho. “Todos esperavam que indicássemos o Zanin”, disse o petista. “Não só pelo papel que teve na minha defesa, mas simplesmente porque acho que Zanin se transformará num grande ministro da Suprema Corte.”
A indicação do petista, porém, difere de suas declarações durante a campanha eleitoral em 2022. “Acho que a Suprema Corte tem de ser escolhida por competência, por currículo, e não por amizade”, disse Lula na época.
Zanin deve permanecer como ministro do STF por 27 anos. Pelas regras atuais, ele terá de se aposentar da Corte em novembro de 2050, quando completará 75 anos. Ele assumiu a vaga que antes era de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril deste ano.