Após vereadores de Campo Grande recusarem projeto na Câmara Municipal que previa a implementação do passaporte da vacina na Capital, o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende voltou a defender a obrigatoriedade dos imunizantes e criticou os parlamentares.
“É um equívoco, e o mundo todo está mostrando que eles estão errados, a Europa agora está mostrando. O que ta acontecendo na Bélgica, Holanda, Alemanha e Rússia, nos países do leste europeu, está mostrando que eles estão redondamente enganados”, disse na manhã de hoje (19), durante coletiva de imprensa.
Com uma nova onde de casos, a Europa recentemente voltou a ser o epicentro do coronavírus no mundo, após flexibilizar medidas restritivas como o uso de máscara e isolamento social.
Na Capital, o projeto que instituía a obrigatoriedade da vacina foi colocado em discussão na sessão plenária na quinta-feira (18).
A proposta de autoria dos vereadores Ayrton Araújo (PDT) e Camila Jara (PT) foi protocolada no dia 27 de setembro, mesmo dia em que foi realizada uma audiência pública na Câmara Municipal reforçando a necessidade da apresentação do documento para garantir acesso seguro aos vacinados.
“Para não dizer que eles estão na trincheira dos anti ciências, para não dizer também que eles estão fazendo apologia da morte e não a apologia da vida, eu acredito que em determinado momento eles vão voltar a lucidez, falta a eles lucidez”, enfatizou Resende.
Contrário a posição do governo Estadual, que já garantiu que não instituirá a obrigatoriedade da vacina, o secretário defendeu mais uma vez o passaporte.
“Essa é uma decisão que eu acho acertada, essa pessoa que teima em tomar dose de vacina, que fiquem restritos aos seus locais de moradia para não expor a vida das pessoas que lhe cercam”.
Só em Campo Grande, pelo menos 39 mil pessoas não se vacinaram contra a Covid-19, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Ao se referir novamente aos vereadores, Resende ainda disse que para eles faltam “lerem mais e ter melhores informações”.
“Falta a eles olharem o mapa do mundo todo, para verificarem que nos Estados Unidos, os estados que não vacinam são os estados que têm mais mortes. Basta eles verem o exemplo do Mato Grosso do Sul, da terra deles. Quanto mais vacinou, mais caiu as internações, número de casos e número de óbitos”, enfatizou.
*Colaborou Karine Alencar