Segundo denúncia realizada ao Campo Grande Post, a Santa Casa teria iniciado um novo protocolo interno onde eles só iriam fornecer aventais descartáveis, aqueles mesmos utilizados em UPA, para pacientes que fossem confirmados com infecção de alto risco. Porém em contato com profissionais da área da saúde, esses exames cobrados só podem ser adquiridos após a espera de em média 10 dias, ou seja, mesmo se eventualmente o paciente esteja contaminado os profissionais da área de saúde correm o risco de serem infectados já que estariam desprotegidos.
Na denúncia também foi relatado que na CTI, já ocorreu quatro casos de pacientes que estavam infectados na mesma sessão onde se encontrava vítimas de infarto e de acidentes, e só foi descoberto após alguns dias que os pacientes tinham covid, ou seja, estão colocando pacientes com e sem covid juntos enquanto não se sai os exames.
Também foi verificado que em nenhum hospital tem essa conduta, no Hospital Regional são disponibilizados máscaras e capote, no caso de se comparar com hospitais públicos. Nos privados também são disponíveis os acessórios de segurança, isso é de praxe em todos os hospitais e inclusive nos UPAS da Capital, já que isso é protocolado. Em qualquer unidade de saúde que você chega todos estão de capote e mascaras M-95 pois é obrigatório e a Santa Casa não tem oferecido a seus profissionais.
Profissionais em risco por conta da … “contensão de gastos”
Se para você já parecia um absurdo, calma que piora! Segundo a denúncia que preferiu o anonimato, todas essas medidas irresponsáveis que põe em risco a vida dos nossos profissionais da saúde e também de alguns pacientes, tem sido por conta da “política de contensão de gastos” da atual gestão do hospital.
Além de chegar a casos de terem que usar as máscaras já utilizadas na semana passada, ou seja, a Santa Casa está transformando um Hospital de renome e respeito em um abatedor ambulante regado a infecções bacterianas e virais.
Mas os absurdos não acabam por ai, além disso recentemente um menino, cujo o nome será ocultado, que teve morte protocolada como encefálica e que fez com que o hospital procurasse seus familiares na procura de doação de órgãos, onde a família aceitou e assim foi dado o inicio do procedimento. Porém o assustador está por vir, dentre os exames de rotina para verificação se os órgãos não estão comprometidos e gozando de pleno funcionamento foi adicionado mais um exame, que é o PCR, o exame para se verificar se o menino tinha Covid-19, pois paciente que tem a doença não pode doar órgão.
O menino ficou estubado (Ficar sem tubos) praticamente vinte e quatro horas no setor e sim, DEU POSITIVO PARA COVID. Os profissionais que atuam nesse setor tiveram contato direto ou indireto com um menino infectado e não estavam usando os equipamentos recomendados pelo protocolo. Na denúncia, ainda se afirma que entraram no setor com o menino infectado sem o capote e apenas com a máscara, que em alguns casos, é a mesma da semana passada. Porém lembra no inicio da matéria quando se foi dito sobre essas novas medidas sem pé nem cabeça da Santa Casa e que os funcionários só poderiam estar usando o equipamento de covid se fosse confirmado, pois bem, no caso desse menino eles não estavam usando!