Segundo o autor do artigo, Simon Jenkins, as sanções impostas à Rússia acabaram por ser a decisão mais mal planejada e contraproducente na história moderna.
“Elas tornaram Putin mais forte: a Rússia aumentou as suas exportações para os países asiáticos, o que levou a um excedente sem precedentes na sua balança comercial. O rublo se tornou uma das divisas mundiais mais fortes do ano, se fortalecendo quase 50% desde janeiro”, salienta a publicação.
Ao mesmo tempo, os países ocidentais entraram em recessão, sublinhou o colunista.
“A realidade das restrições econômicas contra Moscou é que elas levaram a represálias. A insegurança se espalhou pelo Reino Unido, França, Itália e EUA. A Alemanha e a Hungria, que estão sofrendo de carência de gás, não estão longe de cumprir ordens de Vladimir Putin. O custo da vida está aumentando por toda a parte. Os supostos líderes britânicos Liz Truss e Rishi Sunak, estão competindo em uma retórica beligerante, prometendo intensificar as sanções sem mesmo mencionar o objetivo disso. Ainda assim, se você tentar pôr isso em questão, será estigmatizado”, acrescentou.
Após o início da operação militar especial russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente fortaleceu a pressão das sanções contra Moscou. A União Europeia já aprovou sete pacotes de restrições, incluindo o embargo do carvão e petróleo russos. Tudo isso resultou em problemas para o próprio Ocidente, provocando o aumento súbito da inflação e dos preços dos alimentos e da gasolina.
Segundo Vladimir Putin, conter e enfraquecer a Rússia tem sido a estratégia do Ocidente a longo prazo, enquanto as sanções têm afetado de forma negativa toda a economia mundial. Ainda assim, o líder russo está seguro de que os acontecimentos em curso estão pondo fim à hegemonia do Ocidente tanto na política como na economia.