Novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida entregou nesta quinta-feira, 12, ao ministro da Economia Paulo Guedes dois ofícios referentes aos planos para as privatizações da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável pelos contratos da União do pré-sal.
Sachsida substituiu Bento Albuquerque em Minas e Energia e vem de trabalho anterior no Ministério de Economia, onde atuava como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, então subordinado a Guedes.
As privatizações são desejos antigos de Paulo Guedes e encontravam resistências na gestão de Bento Albuquerque. No ano passado, o titular da Economia defendeu a ideia de que a Petrobras e o Banco do Brasil entrassem na ‘fila’ de desestatizações para os próximos anos.
“Espero que no período mais rápido possível tenhamos essa resolução aprovada”, afirmou Sachsida nesta quinta-feira, em menção ao processo da PPSA.
Na cerimônia de posse, realizada na última quarta-feira, Sachsida manifestou que a defesa das privatizações tem “o aval e o apoio de 100%” do presidente da República.
“Meu primeiro ato como ministro será solicitar ao ministro Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos], que leve ao conselho a inclusão da PPSA no PND [Programa Nacional de Desestatização], para avaliar as alternativas para sua desestatização”, disse.
Na cerimônia de posse, o novo ministro de Minas e Energia defendeu também o avanço da privatização da Eletrobras. O processo está previsto para julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) na próxima quarta-feira.
Aposta de Bolsonaro
Doutor em economia e advogado, Adolfo Sachsida é autor de livros e artigos técnicos sobre políticas econômica, monetária e fiscal, avaliação de políticas públicas e tributação. Foi professor em diversas universidades brasileiras, entre as quais a Universidade Católica de Brasília, onde foi diretor da graduação e do mestrado em economia. Também lecionou economia da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
A mudança em Minas e Energia ocorreu depois de recentes críticas de Jair Bolsonaro à política de preços da Petrobras, estatal ligada à pasta. Na semana passada, o presidente citou o então ministro Bento Albuquerque e o presidente da petrolífera, José Mauro Ferreira Coelho, ao reclamar de reajuste no preço do diesel para as refinarias.