Depois do apresentador Luciano Huck e do socialista Marcelo Freixo, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no último sábado (1), juntou-se à lista de apoiadores de Felipe Neto. O presidente da Câmara dos Deputados usou o Twitter para divulgar mensagem em solidariedade ao youtuber.
Sem citar um caso em específico, o parlamentar fluminense sinalizou que, de acordo com sua avaliação, o influenciador digital tem sido atacado. “A covardia é a virtude dos fracos. Esses ataques só reforçam o caráter daqueles que são incapazes de vencer um debate com argumentos e com respeito”, publicou o presidente da Câmara.
À frente de uma das duas Casas do Congresso Nacional, Maia foi além de prestar apoio virtual ao youtuber famoso por imitar foca e deixar o cabelo colorido. Conforme exposto pelo deputado, o caso Felipe Neto fará com que a Câmara aprecie o Projeto de Lei (PL) das Fake News. “Por tudo que você tem sofrido nesses dias, nós vamos acelerar o projeto de combate às fake news”.
Rodrigo Maia convidou, por fim, Felipe Neto para uma reunião. A ser devidamente marcado em algum dia da próxima semana, o encontro terá como tema central a discussão do mencionado PL contra disseminação de notícias falsas na internet — e que já foi aprovado pelo Senado. O parlamentar indica que o youtuber poderá, contudo, sugerir mudanças no texto.
Ativo nas redes sociais, Felipe Neto aceitou o convite de Maia e, consequentemente, agradeceu pela futura reunião sobre o PL das Fake News. “Convite aceito, Rodrigo. Vamos conversar! Muito obrigado pelo apoio”, publicou o influenciador que nesta semana debateu política com Luís Roberto Barroso, ministro do STF e presidente do TSE.
Condenado por fake news
O youtuber Felipe Neto foi condenado, em junho, por compartilhar uma notícia falsa contra o recém-indicado presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva.
No último mês de junho, a juíza Giselle Rocha Raposo, do 3º Juizado Especial Cível de Brasília, condenou Neto a indenizar o chefe da Funai em R$ 8 mil.
Na ocasião, em mensagens no Twitter, Felipe Neto fez as seguintes acusações contra Silva: “Bolsonaro anunciou o novo presidente da FUNAI (Fundação Nacional do Índio). O sujeito já ajudou invasores de terras indígenas, foi reprovado em prova da PF por problemas psicológicos e agrediu o pai idoso com um murro na cara”.
O youtuber continuou, dizendo que “Jair Bolsonaro odeia os indígenas e nunca escondeu isso, mas colocar um sujeito com problemas mentais e que JÁ AJUDOU INVASORES DE TERRAS INDÍGENAS pra ser presidente da FUNAI vai além de todos os limites da perversidade humana. O cara é podre por dentro”.
Em sua decisão, segundo a revista Oeste, a magistrada fez questão de sinalizar o perigo em se disseminar as chamadas fake news: “Há que se observar o grande poder da ‘desinformação’ que mensagens descontextualizadas podem trazer ao público que deposita, sem questionamentos e averiguações, suas crenças e convicções numa figura influenciadora”.
Por fim, a juíza reforçou que Felipe Neto foi além de opinar: “No caso, entendo que o requerido agiu com abuso de direito ao ultrapassar o amplo direito de expressão e lançar ponderações desnecessárias e descontextualizadas”.
Leia a íntegra da decisão proferida pela juíza Giselle Rocha Raposo contra o youtuber.
Fonte: Revista Oeste