“A Justiça eleitoral tomou o cuidado de realizar essa verificação com a ajuda de especialistas”, declara presidente do TSE. Candidato a prefeito de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) foi condenado por furto qualificado e é acusado de ligações com organização criminosa.
A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, preocupada com a tentativa de o crime organizado influenciar as eleições municipais, a uma semana do primeiro turno, articula com MP (Ministério Público) e a PF (Polícia Federal) meios de identificar criminosos disfarçados de candidatos, veicula o portal Congresso em Foco.
Em entrevista ao jornal O Globo, Cármen Lúcia destaca que a Justiça Eleitoral realiza cruzamento de dados para identificar candidatos ligados a organizações criminosas.
“Constituí um núcleo de especialistas do Ministério Público e da Polícia Federal para verificar, a partir dos pedidos de registro de candidatura, se havia pessoas envolvidas em processos relacionados a organizações criminosas”, disse Cármen Lúcia.
“Isso nunca foi feito antes, mas, diante das notícias de possíveis infiltrações de organizações criminosas nos órgãos estatais, a Justiça eleitoral tomou o cuidado de realizar essa verificação com a ajuda de especialistas.”
“Por um lado, existe o direito de votar e ser votado, e os casos de inelegibilidade são definidos pela lei. No entanto, a Justiça eleitoral não pode ignorar essas questões”, afirmou a presidente do TSE.
A democracia, ressalta a ministra, exige vigilância constante, enfatiza a magistrada.
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