Polônia quer instalar armas nucleares dos EUA para se defender da Rússia

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, externou um pedido na última semana. Em coletiva de imprensa, solicitou a instalação de armas nucleares dos Estados Unidos (EUA). A ideia, de acordo com ele, é se defender de eventuais ataques da Rússia.

“A decisão final vai depender dos nossos parceiros norte-americanos e da Otan”, disse Morawiecki depois de reunião da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica. Assim, reforçou a parceria entre poloneses e as Forças Armadas dos EUA, além de mencionar a Organização do Atlântico Norte, que tem o país do Leste Europeu como um dos membros.

Para solicitar publicamente a instalação de armas nucleares dos EUA na Polônia, o primeiro-ministro reforçou que, ao que tudo indica, a Rússia já adota estratégia similar. Neste início de julho, o presidente russo, Vladimir Putin, avisou que vai levar ogivas nucleares para Belarus.

Membro da Otan, a Polônia faz fronteira com Belarus, país do ditador Aleksandr Lukashenko, aliado de primeira hora de Putin. Além disso, o território também faz fronteira terrestre com a Ucrânia, que foi invadida por tropas de Moscou em fevereiro do ano passado.

“Não queremos ficar sentados enquanto o Putin escala todo tipo de ameaça”, disse, dessa forma, Morawiecki.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, armas nucleares dos EUA não são necessariamente uma novidade na Europa. Isso porque a Federação dos Cientistas Americanos revela que há cem bombas táticas B61 espalhadas em países membros da Otan. A saber, a maior parte está instalada em duas bases aéreas da Itália. As bombas B61 são feitas para serem lançadas, por exemplo, a partir de caças F-16.

Polônia pede para ter armas nucleares dos EUA, enquanto Rússia segue guerra contra a Ucrânia

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Foto: Reprodução/Twitter/Ministério da Defesa da Ucrânia

O pedido da Polônia para ter armas nucleares dos EUA acontece enquanto ao seu lado uma guerra segue ativa. Responsável por invadir o território ucraniano há quase um ano e meio, a Rússia permanece ativa no conflito bélico, apesar de, nas últimas semanas, se ver diante de um problema interno. Isso porque o grupo de mercenários Wagner ameaçou se rebelar contra o governo russo. Nesse sentido, a cidade de Rostov chegou a ser tomada.

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