Pobreza extrema pode atingir menor nível desde o fim do governo Dilma

'Estamos saindo da armadilha da pobreza para a chamada rampa de ascensão social', afirma Ipea

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a pobreza extrema no Brasil deve fechar 2022 atingindo 4,1% da população. Além de ser menor em comparação a 2021, essa proporção está 0,1 ponto porcentual abaixo do valor registrado em 2016, ano em que Dilma Rousseff (PT) deixou a presidência da República.

O Ipea publicou o trabalho nesta quarta-feira 17. O estudo utiliza informações do Ministério da Cidadania. De acordo com o texto, a pobreza extrema deve cair 24% no país em 2022. O resultado vai na contramão da tendência global, uma vez que é esperado um crescimento de 15% da pobreza extrema em relação à população mundial.

A pesquisa avalia os efeitos do Auxílio Brasil no país. Cerca de 20 milhões de famílias recebem o benefício, no valor mínimo de R$ 600. Delas, quase 6 milhões entraram para a lista do pagamento em agosto. “Verificou-se que o aumento do repasse do Programa Auxílio Brasil, entre janeiro e agosto de 2022, representou aproximadamente 2,5 vezes a perda de renda do trabalho das famílias pobres em decorrência da pandemia”, informa o Ipea em nota.

“A interação entre o aumento do número de beneficiários e o mercado de trabalho formal tem se dado de forma harmônica”, afirma o instituto. “Foram gerados, em média, 365 novos empregos formais para cada mil famílias incluídas no programa Auxílio Brasil.” Segundo o Ipea, “a situação atual permite inferir que estamos saindo da armadilha da pobreza para a chamada rampa de ascensão social.”

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