O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, durante reunião realizada nesta quarta-feira, 27, uma nova diretriz para a formação de preços dos combustíveis comercializados no mercado interno.
A diretriz reafirma que cabe à Diretoria Executiva da Petrobras a execução das políticas de preço, que devem “preservar e priorizar o resultado econômico da Companhia, buscando maximizar sua geração de valor”.
A conduta acrescenta uma camada de supervisão da execução das políticas de preço. O documento orienta a Diretoria Executiva a enviar relatórios trimestrais ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal sobre a evolução dos preços dos combustíveis praticados no mercado nacional, formalizando assim uma prática já existente.
Segundo o documento, a Diretoria Executiva “deverá acompanhar a evolução do mercado brasileiro de derivados de petróleo […], dos produtos substitutos e a atuação dos importadores, tendo como principal balizador de preço competitivo o equilíbrio dos preços da Petrobras com os mercados nacional e internacional e observando também a participação de mercado necessária para a otimização de seus ativos, bem como a preservação de um ambiente competitivo salutar, nos termos da Legislação em vigor”.
A Petrobras informou que não haverá mudança nas políticas de preço que estão em vigor atualmente no mercado nacional, que são alinhadas aos preços internacionais.
Na semana passada, a Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina vendida às distribuidoras. O valor do litro passou de R$ 4,06 para R$ 3,86. A medida não contemplou outros combustíveis. Foi a primeira queda desde dezembro do ano passado.
No reajuste anterior, anunciado em junho, o preço médio de venda de gasolina havia subido de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro.
Ao anunciar essa redução, a Petrobras cedeu às pressões políticas dos últimos meses e deu sinais de uma mudança de direção na política de combustíveis, com afinidade com o governo federal.