Para Pacheco, Brasil caminha para o campo da intolerância

O presidente da Casa fez a manifestação ao falar sobre o homicídio ocorrido em Foz do Iguaçu (PR)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira, 11, que o Brasil está caminhando para o campo da intolerância política, diante do acirramento dos ânimos, em meio à polarização política no país. O presidente da Casa fez a manifestação ao falar sobre o homicídio ocorrido em Foz do Iguaçu (PR). Ele recomendou, tanto aos presidenciáveis quanto a demais candidatos, “um pouco mais de apego ao amor, à compreensão, à tolerância e à solidariedade”.

No domingo, o guarda municipal Marcelo Arruda, ex-candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu (PR), foi morto na sua festa de aniversário. Ele e o agente penitenciário federal João José da Rocha Guaranho trocaram tiros em plena festa de aniversário do petista. Garanho é declaradamente, em duas redes sociais, apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Isso está levando o Brasil para um campo muito ruim, que nunca teve, que é o campo da intolerância e da violência em eleições. Obviamente que casos esporádicos aconteceram na história do Brasil, mas o que nós estamos vendo aqui são cenas recorrentes”, declarou o presidente do Senado.

Pacheco foi perguntado se a segurança dos candidatos à Presidência deve ser reforçada. “Eu considero que sim. Além do papel dos líderes políticos de amainar os ânimos e de defender a democracia com tolerância e com nada de ódio, é muito importante que as forças de segurança, tanto as mantenedoras da ordem quanto a polícia judiciária, também o Ministério Público, o Poder Judiciário, estejam atentos a acontecimentos de intolerância política”, respondeu. “É papel das forças de segurança cuidar, de fato, dessa segurança. Esse papel dessas instituições a que acabei de me referir é muito importante, para esses que são adeptos desse tipo de violência saberem que há a força do Estado sobre eles”, acrescentou o presidente do Senado.

Vídeos divulgados nesta segunda-feira nas redes sociais mostram o início da discussão que levou à morte do guarda municipal. Em um primeiro momento, Guaranho chega ao local da festa e grita em direção a Arruda. Ele é recebido com pedradas, como mostram as imagens. O agente penitenciário vai embora, mas volta tempos depois. Ele desce do carro, saca uma arma e dispara duas vezes contra o petista. Mesmo caído, Arruda consegue reagir e ferir Guaranho. Na sequência, um colega do petista chuta pelo menos quatro vezes a cabeça do agente penitenciário.

WhatsApp Image 2021-05-07 at 18.20.12