Batendo no discurso entre direita x esquerda, os deputados estaduais esquentaram a sessão plenária desta quarta-feira (08), na Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.
A pauta do dia foi as manifestações ocorridas no dia 7 de setembro e as falas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O embate já é conhecido na Casa de Leis e tem como protagonistas, os deputados Pedro Kemp (PT) e Coronel David (sem partido).
O primeiro a pedir a palavra nas explicações pessoais foi Pedro Kemp para ressaltar os acontecimentos e também o pedido de impeachment a Bolsonaro que está sendo acordado entre partidos políticos.
“O presidente da república que insuflou essas manifestações vai até o palanque e que já serve de campanha eleitoral, alegando que se o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) não enquadras os seus, vai ser obrigado a fazer aquilo que ele não quer. Isso é um golpe de estado? Isso é grave e as ameaças feitas durante ao ministro Alexandre de Moraes e isso é crime de responsabilidade caracterizado. Se a Câmara dos Deputados não intervir e não der entrada no processo de impeachment, todos ali estarão sendo coniventes com os crimes cometidos por Bolsonaro [sem partido]”, pontuou o deputado.
Logo em seguida, Lídio Lopes (Patriotas) usou da ordem para expressar sua opinião favorável ao presidente Bolsonaro e aos protestos, seguido por Coronel David (sem partido) que destacou a importância da manifestação e como os atos foram totalmente contrários ao que estava sendo divulgado.
“Todos estavam divulgando que a manifestação seria turbulenta, repleta de violência e antidemocrática, o que vimos foi totalmente contrário. Vou rebater aqui as falas do deputado Pedro Kemp [PT], que fala muito de golpe e ele sabe muito bem que os políticos do partido dele ao invés de ajudarem a população, surripiaram o que encontraram nos cofres da união e das empresas estatais. É muita hipocrisia querer que as pessoas acreditem nesse discurso surrado e sem nem uma lógica”, falou David.
Pedro Kemp (PT) não deixou por baixo e respondeu em meio ao discurso que “hipócrita” era Coronel David (sem partido).
“Hipócrita é o senhor e mantenha o decoro, por favor. Mantenha o decoro deputado”destacou o parlamentar que foi surpreendido com uma sequência de “cala boca” esbravejado vindo do deputado bolsonarista.
“O senhor falou o que quis Pedro Kemp [PT] e eu não intervi, fiquei revoltado e quieto, então por favor, cala a boca”, disparou Coronel David (sem partido).
Após os xingamentos, Amarildo Cruz (PT) pediu a intervenção do presidente da Casa de Leis, Paulo Côrrea que repreendeu a fala dos deputados e deu continuidade a sessão pleária.
VEJA:
Ninguém levanta a voz pra ajudar o David a defender o Presidente dos ataques petistas lá na assembleia. Mesmo estando presente, o “outro” deputado que se diz Bolsonaristas, Capitão Contar (PSL) se acovardou e não abriu o bico.
UM FORA DA LEI
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) caiu em uma blitz da lei seca do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPTran), na rua Vitório Zeolla, no bairro Carandá Bosque, em Campo Grande, se recusou a fazer o teste do bafômetro e teve a sua carteira de habilitação apreendida.
Além de dirigir supostamente embriagado, Pedro Kemp (PT), causou uma confusão no comitê da candidata a vereadora do mesmo partido, Karla Cânepa, em Campo Grande. Em vídeo, aparentemente feito às escondidas o candidato aparece exaltado, gritando com a colega de partido e chamando Cânepa de “cínica” enquanto é contido por outros homens.
A discussão ocorreu nas Eleições Municipais de 2020 . De acordo com o irmão da vereadora, Thiago Cânepa Amorim, Pedro Kemp foi ao local tirar satisfações com a candidata após postagem dela em um grupo de WhatsApp que reúne candidatos a vereadores do PT.
Karla Cânepa teria compartilhado “as informações divulgada pela transparência do TSE com os valores do fundo partidário, algo em torno de 500 mil reais, que favorecem apenas 8 dos 43 candidatos a vereadores do PT em Campo Grande/MS”, diz Thiago em postagem no Facebook.
No vídeo que foi publicado no Facebook, Pedro Kemp grita com Karla enquanto está sentado ao lado dela em uma mesa. “Eu estou por aqui com você desde o início da campanha. Eu estou por aqui com você”, ele repete por diversas vezes. Quando solicitado para que ele se retirasse do local ele nega. Durante a discussão o candidato bate na mesa e se exalta ainda mais ao ser interrompido pela candidata.
“Deixa eu falar, cacete, posso falar? Posso explicar? Não sou eu que distribui dinheiro do PT”, se defende. “Você é uma irresponsável, irresponsável”, bate no peito. “Você não vai destruir a minha história. Você vai retirar essas palavras que você colocou no grupo”, ele grita. No ponto seguinte do vídeo, após corte de edição, Pedro Kemp já aparece em pé, sendo contido por três homens enquanto chama a vereadora de cínica por diversas vezes e manda novamente ela apagar a postagem.
Em seguida, Pedro Kemp se aproxima da mulher, enquanto é segurado pelos homens. “Prova, prova, prova”, ele grita, antes de se desvencilhar dos homens. Segundo o irmão da candidata a vereadora os três homens que aparecem segurando o candidato são os seus próprios assessores.