Pequim respondeu às afirmações de suposta espionagem em massa realizada pela China contra outros países, defendendo que os países ocidentais a fazem até entre si.
Embaixadas chinesas em toda a União Europeia (UE) lançaram nesta terça-feira (20) um coro de ataque a países ocidentais por “fazerem acusações infundadas” de que a China havia efetuado atividades cibernéticas maliciosas contra eles para “minar a integridade do ciberespaço mundial”.
“Durante anos, certos países do Ocidente abusaram de suas vantagens tecnológicas para [realizar] escutas massivas e indiscriminadas em todo o mundo, até mesmo contra seus aliados próximos. Ao mesmo tempo, eles têm se gabado de serem os guardiões da segurança cibernética. Eles pressionam seus aliados a formar pequenos círculos e repetidamente difamam e atacam outros países em questões de segurança cibernética”, afirmou a Missão Chinesa, citada pelo jornal Global Times.
A Missão Chinesa também destacou a dimensão dos ataques cibernéticos que a China sofreu em suas entidades. O relatório anual da Equipe Técnica de Resposta a Emergências da Rede Nacional de Computadores/Centro de Coordenação da China (CNCERT/CC, na sigla em inglês) revelou que, em 2020, 5,31 milhões de servidores na China continental foram controlados por um total de cerca de 52.000 servidores no exterior.
A resposta de nosso porta-voz às declarações da UE e da OTAN sobre as chamadas atividades cibernéticas maliciosas chinesas: as alegações nas declarações da UE e da OTAN não se baseiam em fatos e provas, mas em especulações e acusações infundadas.
Na segunda-feira (19), a OTAN acusou Pequim de colocar em risco a segurança euro-atlântica através de atividades cibernéticas hostis.
Os Estados Unidos se uniram aos países do mundo inteiro na condenação da República Popular da China por seu padrão de comportamento irresponsável, perturbador e desestabilizador no ciberespaço, que representa uma grande ameaça à nossa segurança econômica e nacional.
Além do compromisso do Microsoft Exchange Server, o Ministério de Segurança do Estado da República Popular da China cultivou um ecossistema de hackers criminosos prejudiciais às pessoas e organizações em todo o mundo. Hoje, nós nos unimos aos aliados e parceiros para chamar a atenção para este comportamento irresponsável.
A UE disse na segunda-feira (19) que “detectou atividades cibernéticas maliciosas de Pequim que visavam instituições governamentais, organizações e indústrias-chave para roubo de propriedade intelectual e espionagem”, e se juntou aos EUA, Austrália, Reino Unido, Canadá, Japão e Nova Zelândia na condenação da espionagem.