Pacheco e Lira saem em defesa do sistema eleitoral brasileiro

'A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis', escreveu o presidente do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) saíram em defesa do sistema eleitoral brasileiro nesta quinta-feira, 28.  O senador disse que “não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil”. Pelas redes sociais, ele também afirmo  que o Congresso Nacional “é o guardião da democracia”.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas ao sistema eleitoral e defendeu a participação de militares na apuração dos votos nas eleições deste ano e cobrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceite as sugestões das Forças Armadas. “Todas foram técnicas. Não se fala ali em voto impresso.”

“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, escreveu.

O presidente da Câmara, também se pronunciou pelas redes sociais: “O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir – sem tensionamentos – para as eleições livres e transparentes”.

No fim de semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, ex-ministro do TSE, afirmou que as Forças Armadas estariam sendo orientadas a atacar as eleições, o que causou reação do Ministério da Defesa que disse que a fala “é irresponsável e constitui-se em ofensa grave”.

“Eles convidaram as Forças Armadas a participarem do processo eleitoral. Será que esqueceram que o chefe supremo das Forças Armadas se chama Jair Messias Bolsonaro?”, disse o presidente, em evento ontem.

“Quando encerra eleições e os dados chegam pela internet, tem um cabo que alimenta a ‘sala secreta do TSE’. Dá para acreditar nisso? Sala secreta, onde meia dúzia de técnicos diz ‘quem ganhou foi esse’. Uma sugestão é que neste mesmo duto seja feita uma ramificação, um pouco à direita, para que tenhamos do lado um computador também das Forças Armadas para contar os votos”, disse Bolsonaro.

Em julho de 2021, o TSE disse não existir apuração em “sala secreta”. “Em verdade, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação.”

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