O ex-secretário de Estado acredita que os EUA se afastaram de Israel por quererem retornar ao acordo nuclear com o Irã, e diz que congressistas norte-americanos, assim como a China, estão apoiando os “terroristas do Hamas”.
Na segunda-feira (17), o ex-secretário de Estado, Mike Pompeo, criticou a política do governo Biden para o Oriente Médio e alguns membros proeminentes do Congresso por suas reações perante o conflito entre israelenses e palestinos.
Para expressar seu descontentamento, Pompeo usou sua conta no Twitter para falar o que interpreta como “distanciamento dos EUA” de Israel devido aos movimentos diplomáticos para o retorno ao acordo nuclear com o Irã, inimigo declarado do Estado judeu.
A administração Biden se distanciou de Israel ao tentar reviver o acordo fracassado com o Irã, aliando-se aos aiatolás por causa de nosso aliado. A América deve ser forte e defender seus aliados sem hesitação.
O ex-secretário também censurou outros colegas da classe política, como o senador Bernie Sanders, o deputado Ilhan Omar e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, acusando-os de se alinharem “aos terroristas do Hamas”.
Além de políticos norte-americanos, Pompeo apontou para China, compartilhando um link da agência chinesa Xinhuanet que publicou a visão do Ministério das Relações Exteriores da China sobre o conflito.
O Partido Comunista Chinês e alguns liberais no Congresso, como Bernie Sanders, Alexandria Ocasio-Cortez e Ilhan Omar estão do lado dos terroristas do Hamas e contra os Estados Unidos e Israel. Qual é o denominador comum? Todos negam que a América é uma força do bem no mundo. Eles estão errados.
Durante sua gestão, tanto o ex-secretário quanto o ex-presidente, Donald Trump, intensificaram os laços com Tel Aviv e nunca apoiaram a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino. Solução essa já mencionada pelo atual secretário de Estado, Antony Blinken. O senador, Bernie Sanders, não defendeu a criação de dois Estados, mas postou em sua conta no Twitter “que os direitos palestinos são importantes”.
Se os Estados Unidos pretendem ser uma voz confiável sobre os direitos humanos no cenário global, devemos defender os padrões internacionais de direitos humanos de maneira consistente. Devemos reconhecer que os direitos palestinos são importantes. Vidas palestinas são importantes.
Após legitimar os ataques israelenses à Faixa de Gaza ao dizer que Israel “tem o direito de se defender”, o presidente dos EUA, Joe Biden, em um telefonema na segunda-feira (17) para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou seu apoio para o cessar-fogo no conflito.
Segundo um funcionário do governo norte-americano, a decisão de expressar apoio e não exigir explicitamente um cessar-fogo foi intencional.