Entre os 24 partidos políticos com mandatos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, 14 já anunciaram que vão se mobilizar pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela eleição do pré-candidato ao governo de MS Eduardo Riedel (PSDB).
O Republicanos, ligado à Igreja Universal, foi o primeiro partido a manifestar oficialmente, em evento político duas semanas atrás, em Campo Grande, respaldo à reeleição de Bolsonaro e avisou que também trabalha pela eleição de Riedel para o governo estadual.
O PP, legenda que mais cresceu no parlamento estadual depois do encerramento da chamada janela partidária, na semana passada – eram dois deputados estaduais, agora, cinco –, é outra sigla que crê na reeleição de Bolsonaro e na vitória de Riedel.
A ex-ministra Tereza Cristina (Agricultura) foi para lá, virou presidente estadual do partido e disparou um recado logo que assinou a ficha de filiação: “Vamos caminhar somente com aqueles [legendas] que apoiarem à reeleição de Bolsonaro”.
Logo depois do aceno bolsonarista, ela e Riedel, juntos com o presidente, participaram de um evento no assentamento Itamarati, região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai – era o último dia de Tereza como ministra. Tereza, na disputa por vaga no Senado, e Riedel deixaram a entender que seguem juntos nas eleições.
O PL também expandiu na Alems: o deputado estadual João Henrique Catan era só o que o partido tinha por lá. Agora, são três, com a ida do Coronel David e Neno Razuk. Integrantes da legenda já expressaram desejo de apoiar Bolsonaro e Riedel.
O PL conquistou, ainda, três mandatos na Câmara dos Deputados: Doutor Ovando, Loester Trutis e também Tereza Cristina, que antes de ministra era deputada federal. O trio rejeitou suas filiações no União Brasil.
ARREPENDIDO
Capitão Contar, deputado estadual que também deixou o União Brasil, sigla surgida com a fusão do DEM e o PSL, foi para o PL, arrependeu-se e filiou-se ao PRTB e logo disse que deve candidatar-se ao governo de MS. O certo é que ele é um incondicional correligionário de Bolsonaro.
Deputado Orro saiu do PSDB e entrou no PSD, partido do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, também pré-candidato ao governo de MS. Esse partido ainda não definiu que presidenciável deve seguir.
O deputado estadual Rinaldo Modesto também deixou o PSDB e foi para o Podemos, legenda que teria como candidato à Presidência o ex-juiz Sergio Moro.
Moro, contudo, deixou a legenda e foi para o União Brasil, partido que lançou a pré-candidatura da deputada federal Rose Modesto, ex-tucana. Rinaldo disse que vai apoiar a irmã Rose na corrida pela sucessão.
Já o deputado estadual Lidio Lopes permaneceu no Patriota. Marido da prefeita Adriane Lopes, a vice que substituiu Marquinhos Trad, em conversas formais diz que apoia o pré-candidato do PSD.
Lucas de Lima era o único representante do Solidariedade na Alems. Marchou para o PDT, partido que antes do fechamento da janela partidária era próximo ao governo tucano no âmbito regional. O PDT tem como pré-candidato à Presidência Ciro Gomes.
E o deputado estadual Paulo Duarte trocou o MDB pelo PSB, partido que, ao menos por enquanto, diz não abraçar a reeleição de Bolsonaro, mas não revelou que candidato deve apoiar na esfera estadual. O presidente regional do partido, Ricardo Ayache foi convidado para ser o vice de Marquinhos, no PSD, mas ainda não concordou nem recusou a proposta.
O MDB ficou com dois deputados, Márcio Fernandes e Renato Câmara. A legenda deles tem o ex-governador André Puccinelli como pré-candidato ao governo.
Amarildo Cruz e Pedro Kemp, parlamentares do PT, abarcam nas campanhas de Lula, para presidente, e Zeca, que concorre ao governo de MS. Embora Bolsonaro esteja na dianteira entre os deputados, nas pesquisas eleitorais do cenário nacional, Lula está na frente do atual presidente.
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CONCORRENTES
A sucessão do governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, por ora deve ser disputada pelos ex-governadores André Puccinelli e Zeca do PT; o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD); a deputada federal Rose Modesto (UB); Eduardo Riedel (PSDB); Capitão Contar (PRTB); e Professor André (Rede).
Por enquanto, 12 pré-candidatos disseram que vão concorrer à Presidência: Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB), Felipe D’Avila (Novo), André Janones (Avante), Leonardo Péricles (UP), Aldo Rebelo (sem partido), Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB).