A candidata a deputada federal pelo PSDB, Keliana Fernandes, tem usado
as mídias sociais para apontar a importância das redes de proteção para
mulheres que são vítimas de violência doméstica e seus familiares.
Keliana afirma que a luta contra o feminicídio é um dos fatores que motivam sua candidatura. “Passados dois anos de pandemia, em que
tivemos que ficar reclusas em casa, e vimos os casos aumentarem
assustadoramente. É necessário contribuir com políticas públicas de
atendimento e segurança para estas mulheres e mais, temos que que
pensar nas vítimas indiretas desses crimes, principalmente os filhos dessas
mulheres “, defende.
Dentro do tema, dois projetos da jornalista chamam atenção, um que
trata o enrijecimento do código penal em se tratando de crime contra
mulher. “ Temos que levar a sério o crime de ameaça contra a mulher,
precisamos que haja uma punição maior, mais efetiva”, pontua. Outra
proposta trata das vítimas indiretas. “O projeto ‘Enlutamos do
Feminicídio’ tem como foco os outros familiares, principalmente filhos.
Quando uma mulher morre, morre uma família. Precisamos olhar para
esse contexto, ofertar acolhimento, atendimento psicológico e encerrar o
ciclo de violência”, propõe.
Keliana já esteve à frente de programas jornalísticos em canais de
televisão, como na Band, TV Cultura com o Kanal Mulher e em emissoras
de rádio como na 94FM, em Dourados, e a Rádio Capital. “Para alguns
pode parecer que minha militância em prol das mulheres é recente, mas
são muitos anos usando a comunicação para abordar esse tema. Em 2010
especificamente um caso me levou a realmente vestir essa camisa na luta
contra o feminicídio, que foi a morte da manicure Jamille Letícia de Souza
Santos, de 29 anos, uma pessoa muito querida pra mim. Ela foi morta pelo
ex-companheiro, Walder Arantes da Rosa, a facadas na frente dos 3 filhos
à época com 13, 8 e 2 anos. Foi a morte da Jamille que me fez querer lutar
mais, para que outras mulheres, outras crianças não vivenciassem esse
trauma”, relembra.
Cansada de enfrentar o tema apenas como comunicadora, a solução foi
sair do microfone para buscar uma vaga na câmara federal. “Como
jornalista podemos sim fazer muito, mas eu desejo mais. Além de
denunciar quero poder mudar nossas leis, propor projetos, direcionar
emendas e ser definitivamente agente transformadora na vida de
milhares de mulheres”, conclui.