O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) ponderou atacar o Forte Lesley J. McNair, base do Exército dos EUA situada em Washington, e o general Joseph Martin, subcomandante do Estado-Maior do Exército norte-americano.
Agência AP relatou, citando dois altos funcionários da Inteligência dos EUA em condição de anonimato, que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA interceptou em janeiro comunicações nas quais IRGC teria discutido a realização de “ataques ao estilo USS Cole”, contra o Forte McNair.
O atentado ao USS Cole foi um ataque terrorista contra destróier USS Cole da Marinha dos EUA em 2000 no porto de Áden, no Iêmen, que ocasionou a morte de 17 marinheiros e dezenas de feridos.
Inteligência informou também que general Joseph Martin poderia ser alvo do IRGC e que a força militar de elite do Irã teria planejado infiltração e vigilância do quartel.
Apoiadores das Forças de Mobilização Popular assistem a procissão de aniversário do assassinato de Abu Mahdi al-Muhandis, com fotos dele e de Qassem Soleimani, em Najaf, Iraque, 4 de janeiro de 2021
As comunicações alegadamente interceptadas circulavam entre os membros da força de elite Quds do IRGC e estavam focadas em possíveis opções para retaliar pelo assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, morto na sequência de um ataque de drones perto do Aeroporto Internacional de Bagdá em 3 de janeiro de 2020.
A ataque foi ordenado pelo ex-presidente americano Donald Trump. Washington justificou o assassinato, alegando que comandante do IRGC estava envolvido no ataque à embaixada dos EUA em Bagdá no final de dezembro de 2020.