Considerado uma prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,73% em abril, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa teve aumento de 0,78 ponto porcentual em relação ao patamar de março (0,95%).
Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 27, e apresentaram impacto considerável da alta da gasolina nas últimas semanas. Este é o maior índice para o mês de abril desde 1995, quando o IPCA-15 ficou em 1,95%.
Com o resultado, o IPCA-15 acumula aumento de 4,3% em 2022. Já nos últimos 12 meses, o índice acumulado chega a 12%, acima dos 10,8% registrados de março.
Calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, o IPCA-15 colhe dados de nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. A diferença em relação ao IPCA está na abrangência geográfica e no período de coleta, entre o dia 16 do mês anterior e o 15º dia do mês de referência.
Gasolina puxa alta
Oito dos nove grupos de despesa pesquisados pelo IBGE apresentaram alta de preços em abril. O maior impacto veio dos transportes, que registraram inflação de 3,4% na prévia do mês.
Entre os itens que se destacaram no período estão os combustíveis, que registraram alta de 7,5%, devido ao aumento nos preços da gasolina (7,5%), óleo diesel (13%), etanol (6,5%) e gás veicular (2%).
Veja a inflação de abril para cada um dos grupos pesquisados pelo IBGE:
Alimentação e bebidas: 2,25%
Habitação: 1,73%
Artigos de residência: 0,94%
Vestuário: 1,97%
Transportes: 3,43%
Saúde e cuidados pessoais: 0,47%
Despesas pessoais: 0,52%
Educação: 0,05%
Comunicação: -0,05%