Marquinhos convidou presidente regional do PSB para a disputa em outubro, mas até agora ele não disse nem sim nem não
Oficializado como pré-candidato a governador de Mato Grosso do Sul em encontro estadual do PSD, Marquinhos Trad (PSD) começou a afinar o discurso para se contrapor aos principais adversários, como o ex-governador André Puccinelli (MDB), a deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e ao secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). Ele vai enfatizar o fato de ser ficha limpa, ter experiência e não apresentar boas ações apenas em ano eleitoral.
Com a participação de centenas de eleitores, que lotaram a Associação Nipo-brasileira, e do presidente nacional do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, Marquinhos deu mais um passo para disputar a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB). O próximo e definitivo ocorrerá no dia 2 de abril deste ano com a renúncia ao cargo de prefeito, quando deixará a Capital sob o comando de Adriane Lopes (Patri).
Outro ponto destacado no discurso foi “justiça social”. “Vamos dar condições de prosperidade para todos”, prometeu. Marquinhos destacou ainda que tem coragem para tomar as medidas que serão necessárias, mas sem impor sacrifícios à população. Como exemplos desta disposição, ele citou o congelamento do valor do IPTU de Campo Grande neste ano e da extinção da tarifa mínima de água e esgoto na Capital.
Os irmãos de Marquinhos destacaram as qualidades do prefeito. Presidente regional do PSD e líder da legenda no Senado, Nelsinho Trad ressaltou que o companheirismo do irmão. “Quem tem família e amigos nunca estará sozinho”, afirmou.
Deputado federal e ex-presidente da OAB/MS, Fábio Trad destacou as qualidades como gestor. “Qual foi o lema da primeira campanha? Levanta, Campo Grande! E Campo Grande levantou. E da segunda? Reviva Campo Grande. E Campo Grande reviveu”, discursou. Ele também enalteceu o coração grande e compassivo do irmão.
Presidente nacional do PSD, Kassab disse que bastaram dois minutos em Campo Grande para perceber que a cidade “está bem administrada”. Ele prometeu se soldado da campanha para eleger Marquinhos Trad governador nas eleições deste ano.
MAS EAI, QUEM É O VICE?
As parcerias incertas e o clima ríspido nos bastidores tem dificultado a vida de Marcos Trad na busca do seu vice, para as eleições de 2022. Entre esses fatores, pesou a arrogância do Prefeito da Capital, que foi chamado até de “soberbo” por Zeca do PT.
Além disso a indefinição do presidente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), Ricardo Ayache, que também comanda o PSB regional, deu um “tilt” na formação de alianças capitaneadas pelo prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. O prefeito quer Ayache como vice no pleito de outubro, para brigar junto ao PSD pela sucessão do governador Reinaldo Azambuja, do PSDB. Ocorre que Ayache, embora tenha recebido o convite quase um mês atrás, ainda não expressou qualquer desejo público pela aliança e foi temerário em seus comentários.
Outro entrave para o prefeito Marcos foi o borbulho em Brasília sobre a eventual federação do PSD com o PT ou até mesmo o MDB, o que mudaria drasticamente as estratégias do Prefeito da Capital. Já que em uma eventual federação, Trad teria de colocar Zeca do PT como vice, além de balançar bandeirinha para Lula aqui no Estado. O que poderia prejudicar a imagem do prefeito com o eleitorado de Direita.