O Hamas, que atacou Israel há 10 dias mirando alvos civis e recebeu uma declaração de guerra como resposta, mostrou descontentamento com a falta de apoio explícito de países árabes.
“Nós estamos muito chateados com a política dos países árabes que não nos ajudam e ficam calados”, disse o porta-voz Ghazi Hamad ao Metrópoles, ao ser questionado se outros países ou grupos armados procuraram o Hamas para conversar sobre o conflito.
A preocupação do grupo acontece em um momento crítico na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007. Desde o início da guerra, a região é alvo constante de bombardeios israelenses e vive a apreensão de uma possível invasão terrestre pelas forças de Israel.
Até o momento, poucos países da região emitiram opiniões mais fortes em apoio ao grupo. Apenas o Irã elevou o tom e ameaçou uma possível escalada no conflito, que já deixou mais de 4 mil mortos entre palestinos e israelenses.
Nesse domingo (15/10), o ministro das Relações Exteriores do país confirmou que novas frentes podem surgir contra Israel em resposta ao cerco à Faixa de Gaza e à ajuda internacional que o governo de Benjamin Netanyahu tem feito.
“Se as agressões sionistas [como o Irã se refere a Israel] não cessarem, as mãos de todas as partes da região estão no gatilho”, disse Hossein Amir Abdollahian.
Além do país liderado pelo aiatolá Ali Khamenei, o Hezbollah foi um dos grupos pró-Palestina da região que mostrou intenções de apoiar o Hamas militarmente.
Desde o início do conflito, o grupo realizou uma série de ataques contra posições israelenses na fronteira com o Líbano e colocou seus quadros em “alerta de guerra”.