O ministro da economia Paulo Guedes rechaçou a hipótese do governo federal furar o teto de gastos deliberadamente para inchar a máquina pública. Durante um evento realizado na quarta-feira 3, pelo banco de investimentos XP, em São Paulo, o ministro afirmou que os eventos extraordinários (como a pandemia e a guerra da Ucrânia) forçaram o governo a socorrer a população.
Ele explicou que foi necessário substituir o antigo programa Bolsa Família (que pagava R$ 180) pelo Auxílio Brasil (R$ 400).
“Quando a covid chegou, ela mostrou o profundo grau de desigualdade que já tinha sido atacado por governos anteriores de uma forma um pouco tímida, porque, se nós, durante a pandemia, fizemos a maior redução em 40 anos da pobreza no Brasil, isso quer dizer que o esforço anterior era um pouco tímido”, observou. “Então, é natural que nós tenhamos feito o reajuste”, disse.
“Não tem nada de governo populista, é o governo fazendo o que tinha que fazer”, declarou.
Guedes lembrou que no ano passado, o governo foi pressionado para subsidiar o preço dos combustíveis, no entanto, ele foi contra a ideia. “Nós não demos, o que fizemos foi baixar os impostos, nada de subsídio”, disse.