Já pensou os pré-candidatos a governo do Estado, Eduardo Riedel (PSDB) e André Puccinelli (MDB), juntos? A proposta dos dois partidos na esfera nacional é criar uma federação para a disputa das eleições deste ano.
Mas as conversas nem bem começaram e já “floparam” nos bastidores. Para quem não conhece o termo, “flopar” é uma versão aportuguesada da expressão em inglês “flop”, que significa, literalmente, fracasso. O termo é muito utilizado pelos jovens.
A ideia das lideranças nacionais é tentar unir uma candidatura entre o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e a senadora de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB). Ambos estão como pré-candidatos na corrida eleitoral pela presidência da República.
Da esquerda para a direita: presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, governador de São Paulo, João Doria (PSDB), senadora Simone Tebet (MDB) e presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. (Foto: Divulgação)
De acordo com a senadora, as conversas começaram na semana passada e tiveram o consentimento dela. “O presidente do partido, Baleia Rossi, me consultou e eu dei o aval e o sinal verde para que essa conversa acontecesse. Também estamos falando com o Cidadania para essa federação. Estamos conversando com outros partidos.”
Simone acredita que a dificuldade está na situação dos partidos nos estados. “Acho dificílima essa possibilidade [federação], porque teria que ter acordo até dia 2 de março, salvo se o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) prorrogar o prazo. Não pode ser de cima para baixo. Tem que haver a concordância das regionais dos dois partidos. A dificuldade é quase intransponível.”
Ela citou o exemplo de Mato Grosso do Sul, onde os dois partidos estão com pré-candidaturas a governo do Estado colocadas. “Teria que ter um consenso até 2 de março, antes da decisão final da federação em menos de um mês. Mas as conversas estão caminhando e acho saudável que aconteça. Isso não tem absolutamente nada haver com enfraquecimento de candidatura de quem quer que seja. As candidaturas estão sendo postas agora. Nós abrimos esse espaço muito mais como um diálogo para que a gente possa conversar e caminhar unidos num grande projeto de país”, concluiu.
Apesar dos dois presidentes nacionais das siglas publicarem a confirmação do desejo para que a federação ocorra, aqui no Estado, os dirigentes ainda estão esperando orientações ‘sentados’, ou seja, sem pressa alguma.
“Vou aguardar em um cadeira. A experiência diz isso. A pré-candidatura do Eduardo Riedel ao governo não tem volta. Ainda é cedo para falar sobre vaga de vice, por exemplo, com o MDB. Se lá em cima (nacionalmente) fizer federação, teremos que acatar aqui embaixo (no Estado”, afirmou o presidente Estadual do PSDB, Sérgio de Paula.
A reportagem procurou o pré-candidato a governador pelo MDB, André Puccinelli e o presidente Estadual do partido, Junior Mochi, para saber como estão as tratativas da federação por aqui, mas nenhum dos dois responderam ou retornaram.
O presidente do Diretório Municipal, Ulisses Rocha, afirmou que até o momento a direção nacional não entrou em contato sobre o assunto. “Não chegou documento com essa informação aqui. É inviável para gente essa aliança nacional. Não tem dois candidatos a governador e tem que mesclar a proporcional, atendendo quem tem maior tamanho nacional e fazer essas escolhas para quem vai disputar regionalmente. Ou seja é impraticável. Eu acredito e torço para que não haja federação.”
Com informações do CAMPO GRANDE NEWS
