A mudança de rumos sobre a possível chapa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) fez com que ele adiasse sua visita a Mato Grosso do Sul. Como a possibilidade de a deputada federal e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), ser sua vice-presidente voltou ao radar, o presidente da República decidiu não comparecer à agenda que estava prevista para a próxima segunda-feira (20), em Dourados.
Desta forma, apenas o Ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, estará presente no evento “Jornada Auxílio Brasil”, agendado para a próxima segunda-feira, às 10h30min, na Cooperativa Douracoop, na BR-163, em Dourados.
No evento o ministro fará entregas simbólicas de cartões do programa Auxílio Brasil, a entrega simbólica de uma estação do projeto “Roda Bem Caminhoneiro” para as cidades de Dourados e Campo Grande.
A expectativa é de que os principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso do Sul participem. O presidente, apurou o Correio do Estado, negocia uma segunda agenda no Estado, porém, para o fim do mês, provavelmente no dia 30.
No início do mês, o Correio do Estado adiantou a agenda, que contaria com Jair Bolsonaro. Na ocasião, o presidente da República pretendia vir ao Estado para acabar com a divisão na direita, em torno dos dois de seus palanques que terá no Estado, o primeiro deles oficial, envolvendo seu partido, o PL, e também o PP de Tereza Cristina, que se aliarão ao PSDB do pré-candidato ao governo Eduardo Riedel, e o segundo deles informal, que tem Capitão Contar (PRTB) como pré-candidato ao governo, mas que ainda não conta com a “benção” do presidente da República.
A vinda do presidente da República a Mato Grosso do Sul foi adiada depois que, na semana passada, aliados – sobretudo os do Centrão – passaram a defender Tereza Cristina como vice em sua chapa para a reeleição, no lugar do general Braga Neto. O objetivo seria o de diminuir a resistência de Bolsonaro dentro do público feminino, e de estreitar ainda mais os laços dele com o setor do agronegócio.
O Correio do Estado apurou, entretanto, que nem Tereza Cristina nem Bolsonaro não são fãs da ideia. Ambos preferem que ela vá como candidata à senadora e ele à reeleição com outro vice. Entenderiam que seriam mais úteis um ao outro em um eventual segundo mandato. Entretanto, as circunstâncias do momento poderão forçar essa chapa.