Elon Musk leva Twitter por US$ 44 bi. O que o bilionário quer com a rede?

Dinheiro não deve ser: Twitter deu prejuízo de US$ 1,6 bi nos últimos dois anos.

Após uma semana de deliberações, o bilionário Elon Musk confirmou, nesta segunda-feira (25), a compra do Twitter pelo valor de 44 bilhões de dólares (cerca de R$ 214 bilhões). Parte do conselho de administração da rede social ainda vinha resistindo à proposta, mas a vontade da maioria dos acionistas de aceitar a oferta prevaleceu nas negociações.

Com a decisão, o magnata passará a ser o único dono da empresa e fechará o capital da rede social.

A confirmação da compra fez as ações do Twitter dispararem durante esta tarde, em alta de 5,52% na Nasdaq (Nova York), a 51,63 de dólares. Na Bolsa de Valores brasileira, os recibos de ações da plataforma foram valorizados em 7,63%, saindo a R$ 126,46 cada.

Formado por 11 pessoas, o Conselho do Twitter se reuniu nesta manhã para analisar a proposta de Musk. Segundo fontes ligadas ao caso, o ponto de virada para o conselho foi a obtenção de garantias de que a oferta de Musk de 54,20 dólares (R$ 264) por ação seria cumprida.

Em entrevista recente durante o evento TED, o CEO da Tesla e da SpaceX esclareceu qual é sua real intenção em comprar a plataforma. Segundo Musk, seu objetivo não é o lucro, mas a preservação da liberdade de expressão no mundo.

– É realmente importante que as pessoas tenham a realidade e as percepções [sobre a realidade] e que elas sejam capazes de se expressar livremente dentro dos limites da lei – ponderou Musk.

Recentemente, ele já havia demonstrado preocupação sobre como a rede social estava moderando seus conteúdos. O bilionário chegou a considerar a ideia de criar uma nova plataforma com essa premissa. Ele optou, no entanto, por investir na compra do Twitter, plataforma já consagrada entre os internautas.

Inicialmente, Musk comprou 9% das ações da empresa, se tornando o maior acionista da rede. Ele chegou a ser convidado para fazer parte do conselho diretor, mas declinou da oferta, visto que aceitar a proposta o impediria de possuir mais de 14,9% das ações durante dois anos.

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