O deputado estadual Eduardo Rocha (MDB) deve assumir cargo no Governo do Estado. Quem afirma a movimentação é o presidente estadual do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Junior Mochi.
“Ele vai se licenciar do MDB porque ele estava aceitando um convite pessoal do governador para assumir a secretaria do governo”, explica. Para o presidente, essa é uma “decisão pessoal dele”.
Eleito em 2018, Eduardo Rocha recebeu 22.347 e foi o 14º deputado estadual mais votado de MS. Então, o presidente do partido afirma que “como ele já decidiu que não será candidato na eleição de 2022, está disposto a aceitar o convite e concluir o mandato dele na secretaria do governo”.
Eduardo Rocha é o 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, cargo da Mesa Diretora que ficará vago. Assim, o regimento interno da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) prevê que seja realizada uma nova eleição do cargo. “A eleição respectiva deverá ser feita dentro de cinco sessões ordinárias subsequentes à declaração”, informa a norma.
Com a saída de Eduardo, Paulo Duarte assume a vaga na Alems como suplente. Casado com a senadora Simone Tebet, a confirmação do deputado no governo abre naturalmente especulações com relação às eleições de 2022. Apesar da movimentação no partido, Mochi garante que o candidato ao Governo em 2022 é André Puccinelli.
“É o Puccinelli, o MDB tem isso claro. A saída não tem nada a ver com o MDB, é uma decisão pessoal, atendendo a um convite pessoal que foi feito a ele”, destaca. Ao Jornal Midiamax, Puccinelli afirmou que “só não seria pré-candidato se adoecesse ou morresse”.
NO NINHO FAZ TEMPO
Na eleição de 2020, contrariam os desejos do presidente do partido Simone e Rocha apoiaram o candidato do PSDB Ângelo Guerreiro. André Puccinelli (MDB), em entrevista para o Midiamax, afirmou que não sobe no palanque do tucano Ângelo Guerreiro, candidato à reeleição em Três Lagoas em 2020. De acordo com o ex-governador, a responsabilidade em apoiá-lo é do deputado estadual Eduardo Rocha, esposo da senadora Simone Tebet.
“Ele [Rocha] prefere lançar o Guerreiro a ter candidato próprio. A responsabilidade é dele e da Simone em eventual não lançamento de candidatura própria”. Ao responder por que não subiria ao palanque do prefeito do PSDB, Puccinelli resumiu. “Porque não”. Citação foi feita em entrevista.
Parece que a debandada do ‘MDB de Três Lagoas’ para o PSDB já é namoro bem antigo e consolidado.