O dólar emendou a quarta baixa consecutiva nesta quinta-feira (24) e foi a R$ 4,9062 – queda de 1,16%. Operadores repercutiram as sinalizações de juros mais altos emitidas pelo Banco Central e o ambiente externo positivo que empurrou Wall Street a novos recordes.
Na B3, o Ibovespa avançou após duas quedas seguidas com o apoio de Wall Street. O índice subiu 0,85%, para 129.513 pontos.
As ações da JHSF (JHSF3) subiram 6,23% e lideraram os ganhos desta quinta-feira depois que a empresa recebeu autorização para operar voos internacionais em seu aeroporto executivo, que fica em São Roque (SP).
Foi uma sessão positiva para as varejistas da bolsa, com B2W (BTOW3) avançando 3,05%, Lojas Americanas (LAME4) subindo 4,48% e Magazine Luiza (MGLU3) valorizando-se 5,2%, diante das perspectivas mais positivas para a atividade econômica e melhora no sentimento do consumidor.
O Banco Central elevou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 para 4,6%, ante 3,6% estimados em março, citando o resultado melhor do que o esperado no primeiro trimestre do ano e os indicadores disponíveis para o trimestre corrente.
Internamente, investidores ficam de olho no escândalo envolvendo a compra de vacinas Covaxin pelo governo federal.
Globalmente, investidores aguardam o chamado índice PCE de inflação dos EUA referente a maio, que será divulgado na sexta-feira (25) e é a principal referência de preços do Fed. No mês passado, a inflação anual americana medida pelo CPI atingiu 5%, o maior nível em 13 anos. Crescentes pressões inflacionárias podem levar o Fed a antecipar o aperto de sua política monetária.
Os mercados internacionais também estão em compasso de espera após um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sugerir na quarta (23) que o primeiro aumento de juros no país poderá vir já em 2022. A afirmação contradiz o que o presidente da autarquia, Jerome Powell, havia dito anteriormente.
Ainda nos EUA, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 6,4% em taxa anualizada no último trimestre, disse o governo em sua terceira e última estimativa de crescimento para o primeiro trimestre do ano. A leitura não revisou a estimativa publicada no mês passado. A economia cresceu a uma taxa de 4,3% no quarto trimestre. Os pedidos de auxílio-desemprego recuaram.
Lá fora
Os índices Nasdaq e S&P 500 fecharam em máximas recordes nesta quinta-feira, com o Dow Jones também em alta depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abraçou um acordo bipartidário de infraestrutura com o Senado.
Com o enorme estímulo fiscal que ajudou a economia dos EUA a crescer a uma taxa anualizada de 6,4% no primeiro trimestre, investidores apostam em um acordo de infraestrutura que pode orientar a próxima etapa da recuperação da maior economia do mundo e impulsionar mais ganhos nos mercados de ações.
O Dow Jones subiu 0,95%, aos 34.196 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,58%, para 4.266 pontos. O Nasdaq Composite avançou 0,69%, para 14.369 pontos.
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única, após operarem dentro de uma faixa estreita, seguindo comportamento semelhante ao de Wall Street e adotando tom cauteloso antes de novos dados de inflação dos EUA.
O índice japonês Nikkei ficou estável em Tóquio hoje, em 28.875,23 pontos, e o chinês Xangai Composto também praticamente não se alterou, com alta marginal de 0,01%, a 3.566,65 pontos.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 0,23% em Hong Kong, a 28.882,46 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,30% em Seul, ao nível recorde de 3.286,10 pontos, e o Taiex avançou 0,41% em Taiwan, a 17.407,96 pontos, mas o Shenzhen Composto – índice chinês de menor abrangência – recuou 0,50%, a 2.415,36 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana foi para o vermelho na última hora do pregão, embora o governo local tenha decidido contra a imposição de um lockdown para conter a Covid-19 em Sydney, cidade mais populosa do país. O S&P/ASX 200 caiu 0,32%, a 7.275,30 pontos.
*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo