Deltan Dallagnol acaba de publicar no Twitter um fio (série de posts) em que comenta o julgamento da Segunda Turma do STF que considerou Sergio Moro “parcial” contra Lula no caso do triplex do Guarujá.
O ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba disse —é claro— discordar da decisão do Supremo.
“Pode-se até discordar das decisões e dizer que foram duras, mas não se pode a partir delas alegar um tratamento diferenciado. Simplesmente se seguiu o mesmo padrão das demais decisões proferidas no curso da operação Lava Jato.”
O procurador afirmou ainda que nenhuma das decisões invocadas como base para a suspeição de Moro foi decisiva para o resultado do julgamento.
“A condução coercitiva não foi relevante para a condenação; as interceptações sobre o ex-presidente não foram utilizadas no processo; e o levantamento do sigilo da delação de [Antonio] Palocci aconteceu em outro caso.”
Deltan disse também que a decisão da Segunda Turma não deixou claro a partir de quando Moro passou a ser considerado “suspeito”, o que “define a abrangência da anulação e se afetará outros casos”.
Por fim, o ex-chefe da Lava Jato voltou a defender o sucesso da operação.
“Nada apaga a consistência dos fatos e provas dos numerosos casos da Lava Jato, sobre os quais caberá ao Judiciário a última palavra. A Lava Jato investigou crimes e aplicou a lei. Os 5 bi devolvidos por criminosos confessos aos cofres públicos não cresceram em árvores.”