Após a eleição de 2018 onde o PSL obteve grande êxito em Mato Grosso do Sul elegendo dois Deputados Federais, dois Deputados Estaduais e uma Senadora. O excesso de vaidade dentro do partido resultou em uma catástrofe que foi anunciada nas eleições de 2020, onde o partido se apequenou, elegendo apenas um Vereador e ficando em quarto lugar na corrida para a executiva municipal.
Mas o que mudou tanto para um partido que foi tão vitorioso terminar como uma chacota na eleição passada? Um dos motivos foram as estratégias adotadas além das brigas internas entre o Deputado Federal Loester Trutis com a Senadora Soraya Thronicke. O que resultou em processos judiciais e muita desorganização. Além claro da campanha do então candidato a prefeito Vinícius Siqueira perder diversas vezes na justiça e ter sua propaganda eleitoral bloqueada.
GASTOS EXORBITANTES E POUCOS VOTOS
Talvez seja por conta do amadorismo, ou da primeira experiência à frente de uma campanha eleitoral, porém o PSL-MS fez sua aposta em candidatos que não tinham experiência na política, e claro, muitos amigos aventureiros.
Dentre vários deles foram para eleição amigos da Senadora e até chefe de gabinete de Deputado mas o resultado foi assustador. Com valores surreais é possível se encontrar casos inexplicáveis. Como por exemplo do Empresário e proprietário da Revista AL.SO, Neil Brasil, que recebeu em torno de 50 mil reais e teve os míseros 373 votos, o que custou em torno de R$ 134,00. Teve também a campanha da empresária Karen Manica, que é amiga pessoal da Senadora, onde a conheceu na época da escola. A campanha de 218 votos da empresária custou aos cofres públicos mais de R$ 40.000,00.
Outra grande frustração na campanha foi do ativista político Gustavo Eifler, que participou das manifestações de 2018, na então eleição do presidente Bolsonaro. Gustavo era um dos fundadores do Voluntários da Pátria e teve uma campanha muito frustrante onde só conquistou 288 votos mesmo sua campanha tendo custado R$ 16.000,00. Atualmente Gustavo é Vogal do partido. Mas de todos o citado é impossível não comentar o caso mais bizarro! Ciro Fidélis, aquele mesmo chefe de gabinete do Deputado do atentado fake, Loester Trutis, gastou os incríveis R$ 74.000,00 e teve apenas 684 votos.
Outro fato interessante é que se você somar os valores gastos entre os cinco vereadores do PSL que mais receberam fundão, todos juntos, não somariam a votação do então eleito vereador do partido Cel. Villasanti.
BLINDANDO OU ATRAPALHANDO?
Quando você acha que o problema do PSL é só a sua inocência para uma campanha eleitoral, está muito enganado! Os principais problemas do partido tem nomes e sobrenomes.
O primeiro deles, o então primo da Senadora Paulo Matos, atual presidente do PSL de Campo Grande e um dos grandes responsáveis pela montagem de chapa e distribuição de fundo eleitoral na campanha de 2020.
Mesmo após a humilhação nas urnas, ele ainda se mantem no cargo, mais pela genética familiar do que pela competência.
Além de ser um notório trapalhão, Paulo Matos tem uma filha nomeada no gabinete da sua prima, Soraya Thronicke com um salário bruto mensal de R$5.735,96* e é esposo da dona Marisa Pereira de Oliveira que foi presa por racismo*.
E estes não são os únicos parentes envolvidos no reino da senadora. Em breve iremos fazer uma matéria completa só sobre os familiares dela que ocupam cargos públicos nomeados por ela.
O segundo nome, mas não menos importante, é a chefe de gabinete de Brasília, Vanda Josefina Branchine, que tem um salário bruto miserável de apenas R$22.943,73 por mês.
Conhecida pelo seus pitacos e sua capacidade de silenciar completamente a senadora, ela manda e desmanda no gabinete.
Nenhuma nomeação deixa de passar por ela. A demonstração de sua força perante a parlamentar pode ser vista na transparência do senado, onde o gabinete de Brasília, chefiado por Vanda conta com 20 funcionários*, e o escritório de apoio no Mato Grosso do Sul conta com apenas 6*. Um número 3 vezes menor em sua base de apoio, o que demonstra a força de Vanda e a falta de interesse da senadora pelo seu estado.
Pode se dizer que estes nomes são os responsáveis diretos pela montagem catastrófica na eleição passada e da atual composição partidária que ruma com bastante êxito para mais um fracasso em 2022, além de tentarem de forma amadora blindarem a senadora que se acovarda perante um poder que cabe apenas a ela.
No PSL de Mato Grosso do Sul comandado por Soraya Thronicke e sua família, falta experiência, humildade e sobra arrogância, soberba e covardia.
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