A Coreia do Norte disparou vários mísseis de curto alcance no último fim de semana, depois de denunciar Washington por promover exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.
Os testes de mísseis representam o primeiro desafio direto do líder norte-coreano Kim Jong-un ao presidente Biden, escreve o The Washington Post. A reportagem afirma que os assessores de Joe Biden ainda não delinearam sua abordagem à ameaça nuclear da Coreia do Norte.
Durante semanas, oficiais de defesa dos EUA advertiram que a inteligência indicava que a Coreia do Norte poderia realizar testes de mísseis.
O regime levantou suas queixas sobre os exercícios militares dos EUA na semana passada, quando a irmã de Kim advertiu que se o governo Biden “quer dormir em paz pelos próximos quatro anos, é melhor não espalhar “cheiro de pólvora”.
Ainda nesta terça-feira (23), mais cedo, foi reportado que a Coreia do Sul e os EUA observam de perto a movimentação armamentista da Coreia do Norte em meio a sinais de lançadores de foguetes sendo implantados na ilhota de Changrin, localizada na fronteira entre as duas Coreias.
Acredita-se que os lançadores de foguetes representem maiores ameaças à Coreia do Sul do que canhões costeiros.
Vale lembrar que em um esforço para isentar o governo de possíveis críticas, funcionários do governo Biden contataram a Coreia do Norte por meio de vários canais a partir de meados de fevereiro, mas não receberam resposta.
A vice-ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son-hui, confirmou que os EUA tentaram recentemente retomar o diálogo com Pyongyang, mas descartou o esforço como um “truque barato”, afirmando que Pyongyang não responderá até que Washington abandone as políticas hostis contra o país asiático.
“Não achamos que haja necessidade de responder ao truque do atraso nos EUA novamente”, disse Choe.
Parada militar na Coreia do Norte em 2017