O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira, 20, que a coordenação da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve voltar para as mãos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo general Marcos Antonio Amaro.
Desde o início do ano, a segurança do petista tem sido feita por uma secretaria extraordinária, sob a responsabilidade do delegado da Polícia Federal (PF) Alexsander Oliveira.
A decisão pela mudança causou desconforto na cúpula da PF, que, até então, era contrária a qualquer tipo de alteração na organização das funções. Contudo, como o decreto que criou a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República perde a validade em 30 de junho, a mudança foi autorizada.
Para manter parte da estrutura já existente, Lula poderá integrar agentes da PF em sua equipe. “O presidente terá a liberdade de convidar quem ele entender que deve compor, independentemente de ser Polícia Federal, Policial Militar ou membros das Forças Armadas”, afirmou Costa.
A divisão entre a Polícia Federal e militares do GSI
A volta da proteção presidencial para o órgão comandado por militares representa uma derrota para a Polícia Federal. O diretor-geral, Andrei Rodrigues, tem trabalhado desde o início do governo Lula para deixar a segurança sob o comando de civis.
Hoje, a secretaria extraordinária responde em última instância ao gabinete do presidente, sob o comando de um civil. De maneira organizada, ambos os órgãos atuam na segurança do petista.
Mas a PF é a responsável por acompanhar não apenas Lula, como também o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e a primeira-dama, Janja. Ao mesmo tempo, os militares do GSI cuidam da proteção de áreas ao redor da comitiva presidencial.
A decisão de Lula busca encerrar uma crise que teve início ainda durante a transição de governo, quando militares e PF disputavam a segurança.