Ciro Gomes de 2002 defendia o voto impresso

O mesmo questionamento que Ciro Gomes (PDT) tinha em 2002 é o que temos em 2020. Em entrevista ao Canal Livre há 18 anos, o pedetista levantava dúvidas a respeito da computação de votos via urna eletrônica e defendia o voto impresso.

“Não é que eu prefira, papel, mas você pode adaptar a urna eletrônica. Já existe um em que do lado da urna que está aí, você agrega um rolinho, tipo de máquina registradora, em que o voto sai impresso e, uma vez confirmado, você corta e aquilo cai numa ‘urninha’ [sic] pequena e já fica o voto ali. Se houver, dúvida, você abre aquilo ali e conta”, ensinou. (Assista ao vídeo abaixo).

“Estranhamente, o Ministro Nelson Jobim (ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, aposentado em 2006) não quis fazer. Havia tempo hábil para fazer. O que me deixa inseguro é que você apertou ali, votou, confirma. Você nunca mais vai saber se o seu voto vai ser contado mesmo ou não”, apontou Ciro Gomes.

E a “coisa” fica mais grave, segundo Ciro:

“E o mais grave que o brasileiro não sabe: o código-chave da totalização não é guardado pelo Tribunal. É guardado pela ABIN, agência de espionagem subordinada ao presidente da República. Eles não querem deixar os partidos fiscalizarem. Nós, da oposição, queremos”, afirmou.

No Boletim da Manhã desta segunda-feira (23), o jornalista Allan dos Santos comentou o assunto.

“O mesmo questionamento que você tem, o Ciro Gomes também tinha, só que naquela época era permitido. O que mudou de lá para cá? Ah, o Bolsonaro foi eleito. Agora eu entendi tudo”, disse Allan.

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