O Partido Comunista da China (PCC) se alinhou a Moscou nesta quinta-feira, 27, em meio ao confronto entre a Rússia e a Ucrânia. Trata-se da primeira vez que a ditadura se posiciona. Durante uma ligação telefônica, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu ao chanceler dos Estados Unidos, Antony Blinken, que atenda às demandas feitas pelos russos.
“As razoáveis preocupações de segurança da Rússia devem ser levadas a sério e resolvidas”, disse Wang Yi a Blinken, ao acusar os russos e os norte-americanos de “mentalidade de Guerra Fria”. “A segurança regional não pode ser garantida pelo fortalecimento ou, inclusive, a expansão dos blocos militares”, acrescentou Wang Yi, em referência à mobilização de tropas da Otan.
A Otan mandou aviões e navios para o Leste Europeu, com a finalidade de contrabalançar a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Os movimentos irritaram o bloco russo-chinês. Os russos, por outro lado, negaram que estejam tentando invadir a Ucrânia, mas, sim, proteger suas terras do imperialismo norte-americano.
Na ligação com Blinken, Wang Yi aproveitou para atacar os EUA, falou em preconceito e exigiu que Washington “pare de interferir” nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, além de “parar de brincar com o fogo” na questão de Taiwan. Apoiada pelos EUA, a ilha asiática está sob cerco chinês. O PCC garante que sua meta é a reunificação do arquipélago ao território chinês.