O CANDIDATO A SER BATIDO

Eduardo Riedel oficializou sua candidatura ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, sua primeira disputa política, nesta quinta-feira (31), no diretório regional do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), em Campo Grande.

Na agenda, ele confirmou seu desligamento do Governo, deixando o cargo de secretário de Infraestrutura na administração de Reinaldo Azambuja (PSDB). Segundo Riedel, ele descansa nesse final de semana, ao lado da família, para já na segunda-feira (4), se dedicar integralmente à campanha eleitoral.

Arco de Riedel soma apoio de quase 70 prefeitos

Na questão dos números que indicam o eventual tamanho da relação dos aliados, segundo cálculos presumidos pelos parceiros políticos de Riedel, o PSDB já teria garantido o apoio de aproximadamente 70 dos 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul e de pelo menos metade dos 847 vereadores dos municípios.

“Se juntar os mandatos do nosso partido com as legendas dos aliados, chega perto disso”, afirmou o pré-candidato tucano. Em 2020, ano da eleição de prefeitos e vereadores, o PSDB conquistou 37 das 79 prefeituras, perto de 48% do contingente completo.

Para Riedel, a graúda aliança juntando-se ao seu redor tem um “motivo” definido: a política econômica empregada pela gestão de Azambuja, que seria o equilíbrio fiscal, quando o Estado garante o que chama de “estabilidade nas contas”.

“É um projeto forte do ponto de vista de propósito, lastreado por um modelo de gestão que funcionou, e isso está atraindo lideranças políticas em torno desse projeto”, assegurou Eduardo Riedel.

O pré-candidato afirmou também que “o que funcionou e que permitiu avanços nas políticas de excelência foi o equilíbrio fiscal e a condição de investimento. A partir do momento em que você tem condição de investimento, você atende a educação, a saúde, o social, a infraestrutura. Tudo isso funcionou, está funcionando. É um conjunto”.

O pré-candidato tucano afirmou ainda que o equilíbrio fiscal foi alcançado graças às reformas aplicadas pelo governo de Azambuja, a previdência é uma delas, no início de 2018.

À época, logo depois da reforma previdenciária estadual aprovada pela Assembleia Legislativa, o governador disse que a partir dali estava “estruturando Mato Grosso do Sul para os próximos vinte anos”.

Riedel conta como ‘quase certa” chapa do PSDB com PL, PDT, PP e Republicanos

Em 2018, ano que Reinaldo Azambuja conquistou o segundo mandato para governar Mato Grosso do Sul, o PSDB juntou-se a 11 partidos no segundo turno. Na eleição de outubro deste 2022, mudou a legislação eleitoral e, ao menos até agora, Eduardo Riedel, candidato dos tucanos ao governo indicado por Azambuja, afirmou que, por enquanto, “pode ser” que sua chapa tenha garantido o apoio de quatro legendas.

Pelas contas de Riedel serão seus aliados o PP, de Tereza Cristina, a ex-ministra da Agricultura, pré-candidata ao senado; ao PL, do presidente Jair Bolsonaro, PDT, ex-partido do deputado federal Dagoberto Nogueira, que trocou a sigla pelo PSDB e Republicanos, partido também aliado a Bolsonaro.

Ou seja, pelo dito por Riedel, o PSDB de MS prepara-se para um pacto com os bolsonaristas.

Eduardo Riedel deve ser o candidato de Jair Bolsonaro em Mato Grosso do Sul

Para garantir uma eleição tranquila para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), ao Senado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu mão de lançar candidatos a governador pelos partidos que deverão compor sua coligação na chapa nacional em Mato Grosso do Sul. 

A decisão abre caminho para que o presidente e seus candidatos em MS consolidem o apoio ao pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, Eduardo Riedel (PSDB).  

No último compromisso público de Tereza Cristina como ministra da Agricultura, em Mato Grosso do Sul, e um dos últimos eventos públicos de Eduardo Riedel como secretário de Infraestrutura. Ambos estavam no palanque com Jair Bolsonaro. No caso do tucano, com muita tranquilidade no evento.  

Oficialmente, o PSDB de Mato Grosso do Sul não deverá manifestar-se sobre a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência, até porque o partido deve ter candidato ao posto: João Doria, que deve renunciar ao governo de São Paulo, ou Eduardo Leite, que já renunciou ao governo do Rio Grande do Sul e, mesmo após ter sido derrotado nas prévias, não desistiu de seu projeto.  

Ao lado de Tereza Cristina, de Jair Bolsonaro e do ministro das Comunicações, Fábio Faria, Eduardo Riedel fez o mesmo que eles na ocasião: entregou lotes de propriedade das terras aos agricultores do Assentamento Itamarati, em Ponta Porã.

No evento, o pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel e o secretário de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, eram os únicos políticos alinhados mais ao Centro que estavam presentes.  

A base bolsonarista em Mato Grosso do Sul estava em peso no local, com o deputado estadual Coronel David (PL), o deputado federal Luiz Ovando (PP) e o deputado federal Loester Trutis (PL).  

Sob orientação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a tendência é de que todos os integrantes da chapa da Bolsonaro em Mato Grosso do Sul, como os três deputados citados, peçam votos para Eduardo Riedel na disputa pelo governo do Estado em outubro.  

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