Campo Grande foi a segunda Capital do país que mais registrou estupro no ano passado, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (15), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). A taxa ficou em 61,5 casos a cada 100 mil habitantes.
Ainda assm, em 2019 foram 673 estupros, enquanto em 2020 houve uma queda de 17,9%, registrando 559 estupros. Campo Grande fica atrás apenas de Boa Vista (RO).
Ainda na Capital foram registrados 5 casos de feminicídios em 2019, enquanto em 2020, houve 11, o que corresponde ao aumento de 120%.
Mesmo com índices em alta de violência contra a mulher, as mortes decorrentes de intervenções policiais reduziram de 13 casos para 8 em 2020, o que corresponde a queda de 38% em Campo Grande.
De acordo com o levantamento, um policial foi morto em 2019, contra quatro no ano passado. Quanto aos crimes de latrocínios (roubo seguido de morte) e lesões corporais seguidas de morte mantiveram o mesmo patamar nos últimos dois anos na Capital.
MATO GROSSO DO SUL
Segundo os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os números de feminicídio em Mato Grosso do Sul subiram de 30, em 2019, para 43, em 2020.
O Estado é também ocupa a segunda colocação, quando a taxa ficou em 3,0, perdendo apenas para Mato Grosso, com 3,6.
Além disso, houve aumento nos homicídios em que mulheres foram vítimas, mas que não foram qualificadas por violência doméstica. De 105 casos, em 2019, passou para 111 registrados em 2020.
O número também é crescente nos casos de estupro de vulnerável, que de 1.529, em 2019, subiu para 1.616 no ano passado.
Já os crimes de assédio e importunação sexual, tiveram queda em Mato Grosso do Sul. Em 2019, foram registrados 751 casos e em 2020, 320. De assédio, de 50 caiu para 31.
Em 2019, o Estado registrou 459 homicídios, número que subiu para 467 em 2020.
NACIONAL
De acordo com o levantamente, houve 60.926 casos de estupro no Brasil em 2020. Destes casos, a maioria foram cometidos contra meninas de 10 a 13 anos. Os dados foram coletados a partir de boletins de ocorrência recebidos pelas Polícias Civis dos estados.
Do número total de casos, 44.879 foram estupros de vulnerável, o que representa 73,7% da totalidade. Mais de 60% das vítimas são crianças de até 13 anos. As mais vulneráveis também são crianças de 5 a 9 anos (20,5%) e 14 a 17 anos (15%). Quase 88% delas são mulheres.
Em 85,2% dos casos, os autores do crime são conhecidos da vítima e 96,3% deles são homens. A maioria dessas pessoas são familiares, o que garante fácil acesso à vítima. Por isso, os casos de estupro de vulnerável tentem a acontecer com mais frequência nos períodos da manhã e tarde (61,3%), enquanto os estupros são mais cometidos à noite e de madrugada (56,3%).
O anuário afirma que não há grande diferenciação de raça entre as vítimas, mas as mulheres negras são as mais vulneráveis ao estupro (50,7%), seguidas de brancas (48,7%), amarelas e indígenas (ambas com 0,3%).
com informações Correio do Estado