Caminhoneiros cobram governo sobre reajuste: “O país vai parar”

Petrobras reajusta o preço do litro do diesel vendido às distribuidoras de R$ 4,91 para R$ 5,61

Um dos líderes da greve dos caminhoneiros em 2018, Wallace Landim, o Chorão, cobrou um posicionamento do governo Bolsonaro após novo reajuste da Petrobras. Também, em nota oficial, disse que o grupo cogita entrar novamente em greve. O preço do diesel vai subir em 14,2%.

Para Landim, a “grande falha e incompetência” de Jair Bolsonaro foi não ter reestruturado a estatal e suas operações no início de seu mandato, em 2019.

– O governo se acomodou e, por ironia do destino, o ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos. Hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando “chilique” não vai resolver o problema – escreveu.

Chorão ainda disse que, se essa “política cruel de preços da Petrobras” não for modificada, o país tende a parar, assim como ocorreu em 2018.

– A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve, no entanto, é o mais provável – completou.

Quem também se manifestou a respeito do reajuste foi o presidente do Sindicato de Transportadores Autônomos de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer. Ele cobrou uma “intervenção” na Petrobras.

– Enquanto o presidente não tiver a coragem e a capacidade de intervir na maior estatal do país, isso vai se perpetuar – frisou, em entrevista ao Metrópoles.

REAJUSTE INCOMODA BOLSONARO
A estatal reajustou o preço do litro da gasolina vendido às distribuidoras de R$ 3,86 para R$ 4,06. No caso do diesel, a alta foi de R$ 4,91 para R$ 5,61. O aumento passa a valer a partir deste sábado (18).

Antes do anúncio de novo aumento nos preços da gasolina e do diesel, Bolsonaro escreveu, na manhã desta sexta-feira (17), que a Petrobras pode “mergulhar o Brasil num caos”. E citou a greve dos caminhoneiros em 2018, que provocou alta nos preços e desabastecimento.

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