A Câmara dos Deputados de Mato Grosso do Sul aprovou hoje (5), orçamento de R$72 mil para uso da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Segundo a Câmara, o repasse é para a contratação de equipe técnica da Universidade de São Paulo (USP), que tem objetivo de analisar 200 relógios de energia do estado, escolhidos por sorteio.
O requerimento de aprovação do recurso foi apresentado durante a sessão pelo relator da CPI, deputado Capitão Contar (PRTB), que argumentou que a medida será “essencial para o desenvolvimento dos trabalhos da CPI”, para investigar irregularidades no sistema de medição de energia elétrica de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Alems, o responsável pela perícia dos relógios, seria o campus de São Carlos, também de São Paulo.
Segundo a Assembleia, após o declínio, a aprovação do orçamento seguiu para o campus da USP Politécnica. Nesta manhã já saíram 14 equipes da CPI junto aos carros da Energisa para fazer a coleta dos relógios”, explicou o deputado Capitão Contar.
O requerimento foi posto em apreciação pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa (PSDB) destacou que “a CPI retornou aos trabalhos e a apreciação em plenário é necessária para dar legitimidade ao ato, pois o plenário é soberano”. O recurso foi aprovado por unanimidade e a CPI deve ser concluída em agosto deste ano.
Histórico
Instaurada ainda em 12 de novembro de 2019, em 16 de junho do ano passado o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul (TJMS) derrubou uma liminar que barrava a perícia por uma equipe técnica do laboratório da USP de São Carlos (SP), nos 200 relógios medidores de energia, apreendidos da Energisa,
“A gente solicita que a população acompanhe os trabalhos da CPI que está retornando, para que tenham a certeza de que a Comissão trará uma resposta para o nosso consumidor de enegia elétrica do Mato Grosso do Sul, e que a empresa possa sim nos dizer, através das perícias, como está a situação dos relógios e medidores”, expõe o Capitão Contar.
Diante das milhares de reclamações junto ao Procon, ainda em 2021 o vereador de Corumbá, Alexandre Vasconcellos, pediu que a Cidade Branca fosse incluída na apuração de irregularidades.
“Em nossa cidade há diversos relatos de que, após a substituição dos medidores de energia, ocorreram alterações nos valores das faturas dos consumidores, aumentos esses injustificáveis, pois o consumo é o mesmo ou até inferior”, apontou ele na oportunidade em que encaminhou pedido ao presidente da CPI e demais integrantes.
A reportagem entrou em contato com a Energisa mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.