A CPI das apostas Esportivas batizada em Brasília de “CPI das Bets”, mergulhou de vez no terreno de acusações de propina, tráfico de influência e relações obscuras entre políticos e lobistas. O convite do lobista Silvio de Assis, pedido pelo Senador Eduardo Girão, mudou o ambiente montado para ouvir a influenciadora Vírginia Fonseca, na terça-feira . Até então, a comissão caminhava entre selfies e discursos genéricos.

Senador Girão recordou denúncias de que o lobista é peça-chave de um suposto esquema de extorsão contra empresários do setor de postas. O plano, segundo ele, seria simples: empresários pagam para não ser convocados pela CPI. Em troca, recebem o benefício da invisibilidade, não precisam aparecer nem prestar contas.

Revista Oeste confirmou que o nome de Silvio de Assis apareceu numa reunião entre o Senador Ciro Nogueira (PP) e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD), no ano passado . O tema do encontro: denúncias de achaque a empresários ligados ao setor. Segundo relatos de parlamentares, há indícios de que requerimentos da CPI estejam sendo direcionados de forma seletiva. Em outras palavras: quem paga não vai. Parte do dinheiro, conforme as acusações, seria repassada a senadores envolvidos no esquema.
O nome da Senadora Soraya Thronicke de MS, relatora da CPI, surgiu no centro das denúncias. De acordo com um relato de Silvio de Assis, repercutido por Girão, a senadora teria usado o lobista para pedir R$ 40 milhões. O objetivo seria o mesmo: evitar a convocação de empresãrios ligados ás casas de apostas.
Soraya foi citada
“A senadora Soraya é uma das citadas”, declarou senador Girão. “Através desse lobista, teria pedido R$ 40 milhões para não vir depoente de casas de apostas aqui.
Veja mais: