O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, acredita na filiação do presidente Jair Bolsonaro ao seu partido, o Progressistas, para a disputa das eleições de 2022. No último sábado (25), ele disse: “Hoje, o partido mais perto de o presidente se filiar, eu acho que é o Progressistas”.
Após uma discordâncias sobre o controle político e financeiro do partido, Bolsonaro saiu do PSL, sigla pela qual se elegeu, em novembro de 2019. Ele negociou sua filiação com pelo menos nove partidos, mas, até agora, não fechou com nenhum. Sem partido há 22 meses, ele precisa se filiar até abril do ano que vem, seis meses antes da eleição, caso pretenda disputar a reeleição ou outro cargo político.
Em uma das últimas tentativas, o senador e filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro, filiou-se ao Patriota para preparar o terreno da entrada do pai, mas o cenário no partido é de luta interna entre os que são contra e os que são a favor de atender às exigências de Bolsonaro: garantir influência na Executiva Nacional e obter o controle de diretórios estaduais.
Em entrevista à revista Veja, Bolsonaro disse que não irá fugir de estar no Progressistas, no PL ou no Republicanos.
– Não vou fugir de estar com esses partidos, conversando com eles. O PTB ofereceu pra mim também – disse o presidente.
O Progressistas é hoje uma das principais bases do governo. Além do ministro da Casa Civil, também são do partido o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Além disso, Bolsonaro já foi filiado por mais de dez anos à legenda. Alguns diretórios estaduais, porém, são resistentes à filiação do presidente e devem até apoiar Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.