Barroso diz que STF impediu “genocídio” ao vetar medidas do governo Bolsonaro

DO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou duramente a atuação do governo Bolsonaro no enfrentamento à covid-19. Em debate online realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o ministro disse que o Supremo evitou um “genocídio” ao derrubar algumas medidas do Executivo.

O seu colega, Gilmar Mendes, há havia dito que as Forças Armadas estariam aliadas a ele.

O Ministro destacou o veto do Judiciário a uma campanha publicitária intitulada “O Brasil Não Pode Parar”, que convocaria pessoas a voltarem às ruas e ao trabalho quando o isolamento social era defendido por autoridades de saúde.

“Num momento em que se recomendava o isolamento social, a política pública de convocação das pessoas ao trabalho e às ruas poderia produzir um genocídio, sobretudo nas comunidades pobres. E por tanto, em nome do direito à vida, e do direto à saúde, o Supremo impediu a difusão dessa campanha”, disse.

Barroso também citou outras decisões da corte, como a que deu autonomia aos municípios para decidir sobre o fechamento de comércios, indo contra o governo federal, bem como a que obrigou o Ministério da Saúde a seguir divulgando o número de casos em ‘horário nobre’.

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