Banco Central dos EUA aumenta taxa de juros contra cenário de inflação

Expectativa é de novos reajustes para os próximos meses, em meio ao pior momento da economia no país em 40 anos

O Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, anunciou, nesta quarta-feira, 27, alta de 0,75 ponto porcentual na taxa de juros do país. Com isso, o indicador passa do intervalo de 1,5% a 1,75% ao ano para 2,25% a 2,5%.

Dessa forma, o Fed manteve o ritmo de alta dos juros da reunião anterior, de junho, que já havia registrado o maior aumento da taxa de juros desde 1994.

A elevação é a quarta em um ciclo de alta de juros que começou em março de 2022. A taxa iniciou o período em 0% ao ano, e os aumentos são os primeiros desde 2018.

Em comunicado nesta quarta-feira, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manifestou que deve continuar elevando a taxa de juros nos EUA nos próximos encontros.

O avanço dos juros nos EUA acontece em um cenário de inflação elevada. Em junho, o índice de preços ao consumidor saltou 9,1% no país, no acumulado de 12 meses. Este foi o maior crescimento registrado desde novembro de 1981.

A inflação norte-americana segue pressionada, principalmente em razão das altas de combustíveis e alimentos, setores impactados pela guerra entre Ucrânia e Rússia, em andamento desde fevereiro.

O Banco Central reforçou ainda que as próximas decisões de reajustes vão depender de informações quanto às perspectivas econômicas do país.

“As avaliações do Comitê Federal de Mercado Aberto vão levar em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre saúde pública, condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, afirmou o comunicado do Federal Reserve.

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