A pré-campanha eleitoral de Mato Grosso do Sul já está nas ruas, mas a economia formal ainda não sentiu os efeitos. Por enquanto houve poucas contratações. Assim, grupos políticos repetem velho esquema de usar e abusar dos cabos eleitorais nomeados.
A tática, além de imoral para ambos os lados, é crime eleitoral e pode render muita dor de cabeça.
Como de todos os lados há relatos de pré-candidatos que constrangem assessores nomeados em cargos públicos a participarem ativamente da pré-campanha, já tem gente apostando que as denúncias devem pipocar em breve.
O descaramento é tamanho, que há nomeações em autarquias e órgãos públicos coincidindo até com datas oficiais do período eleitoral. A ordem, dizem, é adiar ao máximo as contratações e ‘acertos’ por fora estariam segurando os cabos eleitorais com mixarias.
Cabos eleitorais nomeados: capachos satisfeitos
No entanto, em muitos casos, os mais bajuladores nem os ‘extras’ ilegais cobram. Ávidos por agradar para se segurarem, estariam satisfeitos com as nomeações que têm e usariam os expedientes completos para atuar em plena campanha nas eleições de 2022 em MS.
“As maiores presepadas documentais são justamente cometidas pelos capachos satisfeitos que, de tanto tentar agradar, exageram”, analisa marqueteiro que tem catalogado ‘coincidências’ e evidências.
Desde nomeações imediatas às exonerações de ofício, até conteúdos impulsionados em contas dos bajuladores nas redes sociais, já haveria muito ilícito em andamento.
Para completar, haveria farta documentação com prints de mensagens de WhatsApp enviadas pelos cabos eleitorais nomeados em pleno horário de expediente tratando de interesses político-partidários do chefe.
Como tem gente que ganha muito bem com a obrigação de agir para coibir os flagrantes de abuso de poder econômico, pode ser que alguns ainda arrumem dor de cabeça antes mesmo do período eleitoral.